Bank of America: banco divulga resultados nesta quarta-feira (Erik McGregor/LightRocket /Getty Images)
Repórter
Publicado em 15 de outubro de 2025 às 08h03.
Os mercados globais operam nesta quarta-feira, 15, com os investidores atentos à nova leva de balanços corporativos nos Estados Unidos e às declarações do presidente Donald Trump sobre a China. O clima é de expectativa para os próximos passos de política monetária, tanto no Brasil quanto no exterior.
O foco em Nova York está nos resultados do Bank of America e do Morgan Stanley, que divulgam seus balanços antes da abertura do mercado. A temporada começou com números acima do esperado de JPMorgan, Goldman Sachs, Wells Fargo e Citigroup. Após o fechamento, será a vez da United Airlines apresentar seus resultados.
Na agenda econômica, o destaque nos Estados Unidos é a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, às 15h, documento que servirá de parâmetro para as decisões do comitê de política monetária (Fomc) no dia 29. O discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, não alterou as apostas do mercado por novos cortes de juros neste ano.
Mais cedo, às 09h30, sai o índice de atividade industrial Empire State de outubro, medido pelo Fed de Nova York. Ao longo do dia, dirigentes do Fed participam de eventos em Washington: às 13h30, Stephen Miran discursa no Nomura Research Forum; às 14h, Christopher Waller fala na DC Fintech Week.
À noite, às 20h, ministros de finanças e presidentes de bancos centrais participam de uma reunião do G20, também nos EUA.
No Brasil, o dia começa com a divulgação, às 09h, das vendas do varejo restrito de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Às 14h30, o Banco Central do Brasil apresenta o fluxo cambial semanal. Ao longo do dia, representantes da autoridade monetária participam de encontros internacionais: ao meio-dia, o diretor de política monetária Nilton David fala em evento do Goldman Sachs, em Washington; e às 13h30, o presidente Gabriel Galípolo participa de reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI).
No campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne nesta quarta-feira, 15, com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para discutir o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026. A votação do PLDO estava prevista para ocorrer nesta terça-feira, mas foi adiada a pedido de Haddad.
Os mercados internacionais operam majoritariamente em alta nesta quarta-feira. A melhora no sentimento global ocorre após um pregão volátil em Nova York na véspera, quando o presidente americano Donald Trump disse que a China não compra soja americana e ameaçou retaliação.
Os principais índices asiáticos fecharam no azul, contrariando as quedas de Wall Street. O índice japonês Nikkei 225 avançou 1,78%, enquanto o Topix subiu 1,58%. Na Coreia do Sul, o Kospi saltou 2,68% e o Kosdaq ganhou 1,98%.
A sessão foi influenciada também por dados de inflação chinesa: o índice de preços ao consumidor caiu 0,3% em setembro na comparação anual, sinalizando fraqueza na demanda doméstica. O Hang Seng Index, de Hong Kong, avançou 1,84%, e o CSI 300, da China continental, subiu 1,48%.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 teve alta de 1,03%, enquanto o Nifty 50, da Índia, avançou 0,71%.
Na Europa, as bolsas operam em alta, com o Stoxx Europe 600 subindo 0,64% às 7h50 (horário de Brasília). O CAC 40, da França, lidera os ganhos e salta 2,42% após o governo prometer suspender a reforma da Previdência até depois da eleição de 2027. O DAX, da Alemanha, sobe 0,21%, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, recua 0,57%.
Nos EUA, os futuros indicam recuperação: os contratos do Dow Jones avançam 0,40%, os do S&P 500 sobem 0,57% e os do Nasdaq 100 ganham 0,77%.