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Lucro da Coca-Cola bate R$ 3,7 bilhões no 3º trimestre e fica acima do esperado

Receita consolidada da companhia atingiu US$ 12,5 bilhões, apesar de recuo na América Latina, com efeito desfavorável do câmbio

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 21 de outubro de 2025 às 09h06.

A fabricante de bebidas Coca-Cola reportou lucro de US$ 3,69 bilhões no terceiro trimestre de 2025, cifra 30% maior que a registrada um ano antes. A gigante americana registrou lucro por ação de US$ 0,86, resultado que ficou acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 0,78.

A companhia reportou um aumento de 5% na receita líquida, atingindo US$ 12,5 bilhões, acima da estimativa dos analistas de US$ 12,39 bilhões, no terceiro trimestre de 2025. 

No entanto, na América Latina, incluindo o Brasil, as receitas caíram 4% no período. Apesar da melhoria no mix e nos preços, efeitos cambiais e volumes estáveis afetaram o desempenho.

Mesmo com a desaceleração nos gastos não essenciais devido às incertezas econômicas e à inflação, a demanda pelos refrigerantes da marca se mantém estável nos Estados Unidos e em alguns mercados internacionais. A Coca-Cola também se beneficiou dos aumentos de preços, especialmente de produtos como o leite Fairlife e a marca de água com gás Topo Chico, segundo informações da Reuters.

A Coca-Cola também reportou um fluxo de caixa livre acumulado no ano de US$ 2,4 bilhões, excluindo um pagamento significativo de contraprestação contingente relacionado à aquisição da Fairlife.

A Coca-Cola no setor de leite premium

A Inicialmente, em 2012, a Coca-Cola fez uma joint venture com a Select Milk Producers, adquirindo 42,5% da Fairlife, que é uma marca de bebidas lácteas que utiliza um processo de ultra filtragem para aumentar proteínas, reduzir açúcares e eliminar lactose.

Em 2020, a gigante adquiriu a participação restante, passando a deter 100% da Fairlife, por cerca de US$ 980 milhões iniciais.

Desde então, a marca de leite ultrapassou US$ 1 bilhão em vendas no varejo em 2022, tornando-se um motor de crescimento para a Coca-Cola, que diversifica seu portfólio para além dos refrigerantes.

O custo total da aquisição, considerando ganhos adicionais previstos no contrato, ultrapassou US$ 7 bilhões, tornando essa a maior compra da história da Coca-Cola.

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