Isa Energia ainda tem R$ 7 bi a investir em projetos 'greenfield' (Divulgação)
Editor de Invest
Publicado em 29 de outubro de 2025 às 19h16.
Última atualização em 29 de outubro de 2025 às 20h16.
A Isa Energia (ex-Isa Cteep) registrou lucro líquido regulatório de R$ 550 milhões no terceiro trimestre de 2025. O valor é 27% maior que o alcançado um ano antes.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), porém, sofreu uma redução de 7% na mesma base de comparação, para R$ 888 milhões.
A redução de 9% na receita líquida, para R$ 1,1 bilhão pesou nesse desempenho. "No terceiro trimestre do ano passado tivemos um resultado extraordinário por conta do reconhecimento da revisão tarifária periódica da concessão paulista, que ocorre a cada cinco anos", explicou Silvia Wada, CFO da Isa Energia à EXAME.
De acordo com a executiva, a companhia continua substituindo os recebimentos de indenizações por antigos de transmissão, da Rede Básica de Sistema Existente (RBSE), por receita operacional.
A companhia tem um plano de investimento bilionário até 2028 e no terceiro trimestre deste ano desembolsou R$ 1,205 bilhão. O valor é 39% maior que o registrado um ano antes. O investimento em reforços e melhorias, de R$ 438 milhões, foi recorde para um trimestre. Os projetos greenfield da companhia receberam R$ 768 milhões.
A Isa Energia tem cinco desses projetos em andamento. "Três projetos devem ser concluídos até metade do ano que vem", afirma Rui Chammas, CEO da companhia. O capex remanescente para esses projetos é de R$ 7 bilhões pelos próximos quatro anos. O pipeline de investimentos em reforços e melhorias, por sua vez, está em R$ 5,7 bilhões.
A dívida líquida da companhia terminou o trimestre em R$ 12,9 bilhões, com aumento de 35% em relação a um ano antes. A relação dívida líquida e Ebitda da companhia foi a 3,44 vezes. O resultado financeiro da Isa Energia ficou negativo em R$ 87 milhões de reais e junto com a queda da receita líquida, acabou pesando na linha final do balanço, mas não impediu que o lucro avançasse.
"O aumento do CDI acaba aumentado a despesa. Porém, a maior parte da nossa dívida é atrelada ao IPCA, que teve uma redução de custo médio", explica a CFO.