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Lucro da Prio (PRIO3) sobe 54%, apesar da queda do petróleo; produção é recorde

A companhia bateu a marca de 10,2 milhões de barris comercializados no primeiro trimestre, o maior volume de vendas para o período em dez anos

Prio (PRIO3) lucra US$ 345 milhões com produção recorde (PRIO/Divulgação)

Prio (PRIO3) lucra US$ 345 milhões com produção recorde (PRIO/Divulgação)

Juliana Alves
Juliana Alves

Repórter de mercados

Publicado em 7 de maio de 2025 às 16h48.

A Prio (PRIO3) fechou o primeiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 345 milhões, alta de 54% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho foi impulsionado por aumento de produção, controle rigoroso de custos e eficiência operacional, mesmo com a queda do preço do petróleo tipo Brent no período.

O lucro líquido ficou acima do esperado pelo Itaú BBA e pelo BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME), que estimavam US$188 milhões e US$ 239,9 milhões, respectivamente.

A receita líquida somou US$ 696,9 milhões, alta de 15% em comparação com o primeiro trimestre de 2024. O EBITDA ajustado foi de US$446,6 milhões, uma queda de 4% em comparação ao primeiro trimestre de 2024. A margem EBITDA foi de 62% uma queda de 15 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado.

O custo de lifting foi de US$ 12,8 por barril no primeiro trimestre, em linha com a estimativa do Itaú BBA de US$ 12,5 por barril. O aumento de 15% em comparação com o primeiro trimestre de 2024 foi impulsionado principalmente pela contribuição integral da participação de 40% no campo de Peregrino no primeiro trimestre, que opera com um custo mais altos do que os ativos operados diretamente pela companhia.

O BTG Pactual destaca que esse aumento é temporário e que os custos devem voltar a um dígito com a entrada do projeto Wahoo, previsto para 2025.

A companhia bateu a marca de 10,2 milhões de barris comercializados no primeiro trimestre. Esse é o maior volume de vendas para um trimestre já registrado pela petroleira em dez anos. A produção média atingiu 109,3 mil barris por dia, avanço de 24% na comparação anual, com destaque para o campo de Frade, que bateu recordes de extração após a entrada de novos poços da campanha de revitalização.

O capex somou US$ 130 milhões no primeiro trimestre, com foco na revitalização de campos maduros e perfuração de novos poços em Peregrino. O dado ficou estável em relação ao trimestre anterior.

Com crescimento de mais de 40% no volume extraído, o campo de Frade já responde por 41% da produção total da Prio, consolidando-se como principal ativo operacional da companhia. Os campos de Albacora Leste e Wahoo também seguem em ritmo de expansão.

Prévia de abril

Além do resultado do primeiro trimestre, a companhia divulgou também sua prévia operacional de abril. A produção diária total para o mês foi de 91,1 kboed, uma queda de 13% em comparação com março.

A empresa ressalta que a produção de Frade foi afetada pela parada programada para abril para viabilizar a futura entrada de óleo do campo de Wahoo e que deve ser normalizada em maio

As vendas de óleo no mês foram de 3,1 milhões de barris, um aumento de 2,2% em comparação com março.

De fato, a queda na produção em abril já era esperada pelo mercado e deve se normalizar, conforme o Itaú BBA. O banco mantém recomendação neutra com o preço-alvo de R$ 56.

“A Prio mantém potencial de valorização superior a 50% no médio prazo, apoiada por sua gestão eficiente e capacidade de executar projetos com alta rentabilidade”, destacam os analistas.

O BTG Pactual reforça recomendação de compra para a ação com preço-alvo de R$ 68, destacando a trajetória da Prio rumo a uma produção de 200 mil boe/d até 2026. O banco enxerga um retorno potencial de 98%, somando valorização e dividendos projetados — que devem começar a ser relevantes já em 2026.

"Com ativos de baixo custo, alavancagem controlada uma vez dívida líquida/EBITDA e execução bem-sucedida em M&As, a Prio se consolida como uma das empresas mais promissoras do setor de óleo e gás na América Latina", avaliam os analistas do BTG.

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