Buffett: megainvestidor recebeu investidores de todo o mundo na tradicional reunião anual de acionistas da Berkshire (Daniel Zuchnik / Colaborador/Getty Images)
Repórter Exame IN
Publicado em 3 de maio de 2025 às 10h53.
Última atualização em 3 de maio de 2025 às 12h01.
O lucro operacional da Berkshire Hathaway, do mega investidor Warren Buffett, caiu 14% no primeiro trimestre, para US$ 9,6 bilhões, impactado pela redução dos lucros com subscrição de seguros e perdas cambiais relacionadas à dívida da empresa em moedas fora do dólar. No entanto, os saldos em caixa continuaram a crescer, alcançando aproximadamente US$ 348 bilhões, comparado a US$ 334 bilhões no final de 2024.
Os números foram apresentados neste sábado, 3, quando Warren Buffett recebeu investidores de todo o mundo na tradicional reunião anual de acionistas da Berkshire, em Omaha, Nebraska (EUA). O mega investidor foi recebido sob muitos aplausos e gritos no CHI Health Center, que comporta 40.000 pessoas. Buffett está há 60 anos à frente da empresa.
Durante o primeiro trimestre, a empresa não realizou nenhuma recompra de ações, e não comprou ações desde maio de 2024. A ausência de recompra de ações não foi uma surpresa, pois a Berkshire já havia informado que não havia adquirido ações até março.
Além disso, o relatório de resultados da empresa revelou que os ganhos operacionais da Berkshire foram impactados por uma redução de 49% nos lucros da subscrição de seguros, que caíram para US$ 1,3 bilhão no primeiro trimestre de 2025, em comparação com US$ 2,6 bilhões no mesmo período do ano anterior. A receita de investimentos do setor de seguros, por outro lado, cresceu 11%, atingindo US$ 2,9 bilhões.
O desempenho das empresas subsidiárias de transporte ferroviário e energia também apresentou bons resultados. A BNSF, empresa de transporte ferroviário, viu um aumento de 6% nos lucros, somando US$ 1,2 bilhão, enquanto a Berkshire Hathaway Energy reportou um aumento significativo de 53%, alcançando US$ 1,1 bilhão. Já os negócios de manufatura, serviços e varejo mantiveram estabilidade, com um pequeno declínio, passando de US$ 3,1 bilhões no primeiro trimestre de 2024 para US$ 3,06 bilhões.
O saldo de dívida da empresa em moedas não-dólares apresentou perdas cambiais significativas, com um impacto de aproximadamente US$ 713 milhões em 2025, contra um ganho cambial de US$ 597 milhões no primeiro trimestre de 2024. A Berkshire também relatou uma forte posição de caixa, com a empresa mantendo um “float” de US$ 173 bilhões até 31 de março de 2025, um aumento de US$ 2 bilhões desde o final de 2024.