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Marfrig registra lucro líquido de R$ 431 mi no 3T22, queda de 74,3% ante 3T21

De acordo com a empresa, a dívida líquida subiu 186,1%, de RS 13,73 bilhões para RS 39,293 bilhões no período

A Marfrig informou, ainda, que realizou pagamentos de dividendos intermediários no valor de R$ 500 milhões (Marfrig/Divulgação)

A Marfrig informou, ainda, que realizou pagamentos de dividendos intermediários no valor de R$ 500 milhões (Marfrig/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2022 às 19h54.

Última atualização em 10 de novembro de 2022 às 20h02.

A Marfrig Global Foods (MRFG3) encerrou o terceiro trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 431 milhões, queda de 74,3% ante R$ 1,675 bilhão registrado em igual período do ano passado, informou a companhia nesta quinta-feira.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 3,792 bilhões, recuo de 19,9% ante o terceiro trimestre de 2021. O Ebitda ajustado diminuiu 19,1%, de R$ 4,7 bilhões em igual trimestre do ano passado para R$ 3,8 bilhões neste ano.

Além disso, a margem do Ebitda ficou em 10,4%, ante 20% um ano antes. Já a receita líquida cresceu 54,1% no período de julho a setembro, de R$ 23,63 bilhões em 2021 para R$ 36,41 bilhões em 2022.

De acordo com a empresa, a dívida líquida subiu 186,1%, de RS 13,73 bilhões para RS 39,293 bilhões no período. Dessa forma, a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado em reais, passou de 1,10 vez no terceiro trimestre de 2021 para 2,38 vezes no 3T22. E, dólar, foi de 1,07 vez para 2,32 vezes, na mesma base. A margem Ebitda ajustada foi de 10,4%.

O fluxo de caixa operacional da companhia foi de R$ 2,7 bilhões, enquanto o fluxo de caixa livre ficou em R$ 288 milhões. A Marfrig informou, ainda, que realizou pagamentos de dividendos intermediários no valor de R$ 500 milhões.

A Operação América do Norte, capitaneada pela National Beef, registrou uma receita líquida de US$ 2,8 bilhões. O Ebitda ajustado alcançou US$ 338 milhões e a margem Ebitda ajustada da operação foi de 11,9%.

No período de julho a setembro, o volume total comercializado pela unidade de negócio foi de 499 mil toneladas, com o mercado dos Estados Unidos representando 87,6% desse total. Os principais mercados premium internacionais, como Japão e Coreia do Sul, foram destinos de 12,4% do volume total de vendas.

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Já a Operação América do Sul, que engloba Brasil, Argentina, Uruguai e Chile, foi o grande destaque do trimestre. A receita líquida da unidade subiu 7,8%, de R$ 6,9 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para R$ 7,4 bilhões. "O resultado é explicado pelo aumento de 10% do preço médio total de vendas — puxado pelas exportações, cujo preço médio avançou, em dólares, 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado", justificou a companhia.

O Ebitda ajustado da operação também bateu recorde, com o valor de R$ 710 milhões, 136,1% a mais ante o trimestre encerrado em setembro de 2021. A margem Ebitda ajustada alcançou 9,5%, avanço de 518 bps em relação à margem do terceiro trimestre de 2021, e o lucro bruto foi de R$ 1,1 bilhão, 95% maior na mesma base de comparação.

As exportações representaram 65% da receita total da América do Sul, sendo que 81% das vendas internacionais tiveram como destino a China e Hong Kong. "Temos o maior número de unidades habilitadas para exportação para o mercado chinês, um sistema de pricing que nos permite aproveitar as melhores oportunidades assim que elas surgem e uma qualidade inquestionável de operação e de produto", afirmou a Marfrig.

O volume de vendas caiu 2,0% no período, de 390 mil para 383 mil toneladas. Do total, 240 mil toneladas ficaram no mercado doméstico, enquanto as outras 143 mil toneladas foram exportadas.

Em comunicado, a companhia informou que a consolidação da BRF também propiciou o aumento do número e a maior diversificação dos mercados consumidores atendidos. No atual cenário, os Estados Unidos aparecem como o maior mercado da Marfrig, com uma participação de 37% das receitas líquidas totais. Na sequência, está o Brasil, com 25%, a China e Hong Kong, com 12%, o Oriente Médio, com 7%, e o Japão e a Europa, cada um com 4%.

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