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Mercado Livre prepara estratégia para entrar em farmácias e diz que não será como a Amazon

Executivo diz que frequência de compra do brasileiro em farmácias justifica intenção da empresa em ingressar no segmento

Executivo reconhece que o Brasil tem ambiente regulatório específico no setor de farmácias

Executivo reconhece que o Brasil tem ambiente regulatório específico no setor de farmácias

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 15h37.

A frequência com a qual os brasileiros adquirem produtos na farmácia foi o que atraiu a atenção do Mercado Livre para esse segmento. A explicação veio de Richard Cathcart, diretor de relações com investidores do Mercado Livre, durante encontro com o time de analistas do Bradesco BBI.

De acordo com relatório da casa, baseado nessa interação com o executivo, o Meli vê nessa alta frequência de compra um caminho para aumentar volume de vendas em sua plataforma de e-commerce.

Cathcart também afirma que o setor farmacêutico do Brasil chamou a atenção do Mercado Livre pelo seu “grande porte” e os grandes volumes que movimenta.

Farmácia na zona sul de São Paulo

Recentemente, o Mercado Livre comprou uma farmácia na zona sul de São Paulo para dar início às suas atividades nesse negócio bilionário. O processo de aquisição já foi submetido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A operação de compra de uma farmácia visa atender regulamentação no país para o serviço. Analistas creem que a entrada da empresa no negócio afeta mais as farmácias independentes.

No relatório do BBI sobre o encontro, o diretor de RI diz que embora o Mercado Livre tenha conduzido programas piloto com farmácias no México e na Argentina, as experiências não são diretamente aplicáveis ​​ao Brasil devido ao seu ambiente regulatório mais complexo.

Diferente dos Estados Unidos

O executivo afirmou que a atuação do Mercado Livre em farmácias não implica em novos ativos para a companhia. Também disse que a ideia não é replicar a estratégia da Amazon nos Estados Unidos, com um ecossistema que vai além da venda e entrega de produtos farmacêuticos, oferecendo serviços em parcerias com clínicas, hospitais e provedores de saúde.

Até porque, disse Cathcart, os mercados e ambientes regulatórios na América Latina são diferentes daqueles existentes nos Estados Unidos. A empresa, segundo o executivo, ainda está avaliando o mercado farmacêutico brasileiro para fazer uma adequada ação estratégica no país.

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