Repórter
Publicado em 7 de abril de 2025 às 08h13.
Última atualização em 7 de abril de 2025 às 08h48.
A tensão nas bolsas mundiais se intensificou nesta segunda-feira, 7, com a manutenção das tarifas comerciais de Donald Trump.
De acordo com a Bloomberg, os mercados globais perderam cerca de US$ 9,5 trilhões em valor de mercado em apenas três dias, à medida que investidores correram para ativos considerados mais seguros.
Os principais índices acionários sofreram fortes quedas. Os futuros do S&P 500 indicaram baixa de 3%, enquanto o Stoxx 600 europeu recuou 5%. A Ásia teve sua pior sessão desde 2008, com o Hang Seng de Hong Kong desabando 13% e a Coreia do Sul suspendendo temporariamente ordens de venda programada.
O índice de volatilidade VIX, que mede a percepção de risco do mercado, ultrapassou a marca dos 50 pontos. Tesouros americanos e o yen japonês, considerados portos seguros, registraram valorização diante da maior aversão ao risco.
As apostas para cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) cresceram. Traders precificaram o equivalente a cinco cortes de 0,25 ponto percentual até o fim do ano, enquanto instrumentos de derivativos apontaram 40% de chance de uma redução emergencial ainda em abril, antes da reunião programada para maio.
Companhias de tecnologia e bancos também sentiram os efeitos do sell-off. A Tesla (TSLA) viu suas ações despencarem até 10% após um corte de recomendação por um analista da Wedbush Securities. Apple (AAPL), Amazon.com (AMZN) e Citigroup (C) também registraram quedas próximas a 5%.
Na Europa, o Stoxx 600 atingiu o menor patamar desde dezembro de 2023, enquanto o índice DAX alemão chegou a cair 10% em seu pior momento. Empresas de defesa, que vinham liderando os ganhos em 2025, também foram alvo de vendas para geração de caixa.