Redatora
Publicado em 18 de agosto de 2025 às 06h25.
Os mercados internacionais começaram a semana em clima misto nesta segunda-feira, 18. Na Ásia, índices como do Japão e da China renovaram recordes, sustentados por otimismo econômico e expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos.
Já na Europa, as bolsas operam cautelosas antes da reunião em Washington entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky para discutir um possível acordo de paz para a guerra na Ucrânia.
As bolsas asiáticas começaram a semana em alta. O índice japonês Nikkei 225 subiu 0,77% e fechou no recorde histórico de 43.714,31 pontos, impulsionado por ações dos setores de consumo, saúde e indústria. O Topix, mais amplo, avançou 0,43%.
Na China, o CSI 300, que reúne as principais ações das bolsas de Xangai e Shenzhen, subiu 0,88%, atingindo 4.239,41 pontos, maior nível desde outubro de 2024. Já em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,37%.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 registrou leve alta de 0,23%. Na Coreia do Sul, no entanto, o movimento foi inverso: o Kospi caiu 1,5% e o Kosdaq, 2,11%.
Na abertura, os mercados europeus mostraram cautela diante do cenário geopolítico. O índice Stoxx 600 operava praticamente estável, enquanto o DAX da Alemanha recuava 0,27%, o CAC 40 da França caía 0,50% e o britânico FTSE 100 registrava alta marginal de 0,03%.
Os investidores aguardam a reunião em Washington entre Donald Trump, Volodymyr Zelensky e líderes europeus. O encontro ocorre dias após a cúpula entre Trump e Vladimir Putin terminar sem acordo de cessar-fogo, e pode definir os próximos passos para uma eventual negociação de paz.
Nos Estados Unidos, os contratos futuros recuavam levemente após a sequência positiva da semana passada. Por volta das 6h (horário de Brasília), o Dow Jones Futures caía 0,04%, o S&P 500 Futures perdia 0,09% e o Nasdaq 100 Futures também cedia 0,09%.
Na sexta-feira, Wall Street encerrou em movimento de realização: o S&P 500 caiu 0,29% e o Nasdaq, 0,40%. O Dow Jones, em contrapartida, subiu 0,08%, puxado por valorização de 12% da UnitedHealth.
Nesta segunda-feira, o foco dos investidores está no simpósio de Jackson Hole, que pode trazer sinais sobre a política monetária americana. O mercado precifica cerca de 85% de chance de corte de juros já em setembro, segundo o CME FedWatch.
O petróleo operava em alta moderada após declarações da Casa Branca de que a Índia precisa reduzir compras de petróleo russo. Por volta das 3h30 (horário de Brasília), o Brent avançava 0,46%, a US$ 66,15, enquanto o WTI subia 0,62%, a US$ 63,19.
Analistas destacam que os preços seguem sensíveis às incertezas geopolíticas e às discussões sobre o futuro da guerra.
No câmbio, o índice do dólar (DXY), que mede a moeda americana frente a uma cesta de pares, seguia praticamente inalterado depois de cair 0,4% na última semana, refletindo as apostas de corte de juros pelo Fed ainda em 2025.