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Publicado em 16 de julho de 2025 às 09h27.
O Morgan Stanley (MS) superou as expectativas de Wall Street e registrou receita líquida de US$ 16,79 bilhões no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 12% em relação aos US$ 15,0 bilhões do mesmo período do ano passado e 4,5% a mais que o esperado em um levantamento da LSEG.
Segundo informações da Bloomberg, este foi o melhor segundo trimestre da história da empresa, que se beneficiou da volatilidade do mercado perante às políticas tarifárias de Donald Trump.
De acordo com o relatório do banco, divulgado nesta quarta-feira, 16, o lucro líquido fechou em US$ 3,5 bilhões, ante US$ 3,1 bilhões reportados em 2024. Em relação ao retorno sobre capital tangível dos acionistas (ROTCE), o 2º trimestre ficou em 18,2%, enquanto o 1º semestre de 2025 fechou com 2,6%.
Segundo o comunicado do banco, o crescimento foi impulsionado por maiores taxas de gestão de ativos, reflexo do aumento no ativos sob gestão (AUM, na sigla em inglês) médio e de fluxos líquidos positivos de longo prazo.
"O total de ativos de clientes nas áreas de Wealth e Investment Management atingiu US$ 8,2 trilhões", afirmou o CEO e presidente do banco, Ted Pick. "A equipe de gestão está executando em toda a Firma Integrada, atuando como consultora de confiança para os clientes e impulsionando crescimento duradouro e retornos de longo prazo para nossos acionistas”.
As receitas do Morgan Stanley com taxas de banco de investimento caíram 5%, para US$ 1,54 bilhão, uma queda menor do que previam os analistas, impulsionadas por um aumento de 42% nas operações de abertura de capital, segundo o jornal.
Tanto as receitas com consultoria quanto as de emissões de dívida caíram em relação a 2024 e ficaram abaixo das estimativas dos analistas. Em uma conferência em junho, Pick descreveu o negócio como “uma história de dois trimestres: um que começou devagar, praticamente parou, e agora voltou a ganhar ritmo.”
A área de Institutional Securities teve receita líquida de US$ 7,6 bilhões, acima dos US$ 7,0 bilhões há um ano, com destaque para o desempenho robusto nos negócios de mercados (Markets), impulsionado por maior atividade dos clientes, especialmente em Equity.
Mesmo com a divulgação da maioria dos resultados trimestrais em alta, o pré-mercado de Nova York reagiu mal e as ações do banco apresentaram queda às 9h, no horário de Brasília.