Assim como a ABB, a WEG encara problemas semelhantes no mercado (Gianluca Colla/Bloomberg)
Redação Exame
Publicado em 19 de agosto de 2025 às 12h15.
O BBA avalia que a ABB (A1BB34) enfrenta demanda em baixa e dinâmica de preços fraca. Essa análise sobre a companhia reforça a visão cautelosa de curto prazo da casa com relação à sua concorrente, a WEG (WEGE3). Para os analistas, não há tendências macroeconômicas sustentem uma inflexão do consumo industrial. O lucro da empresa brasileira no segundo semestre desse ano veio abaixo da expectativa do mercado.
Em um encontro virtual com executivo da ABB, o BBA aponta que a empresa vê ambiente de demanda ainda fraca — especialmente na Europa e na China —, enquanto os Estados Unidos demonstram resiliência em motores de grande porte. No entanto, os preços permanecem limitados pela pressão deflacionária.
Em relação às tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos, a ABB demonstrou baixa preocupação, apesar da cautela dos clientes, com a demanda permanecendo mais estável em motores de grande porte e eletrificação. A WEG, mesmo com o tarifaço, anunciou aumento de produção de motores elétricos no Brasil.
A ABB prevê um aumento geral de preços de 1% em 2025, na comparação com o ano anterior. Para a empresa, de acordo com relato do BBA, o modesto aumento de preços é consequência da fraca demanda e da deflação dos preços das commodities. Sobre o ambiente competitivo, a empresa enfatizou a importância da WEG no mercado.
Para o BBA, esse quadro apresentado pela ABB reforça que o crescimento da WEG provavelmente permanecerá abaixo dos níveis históricos, com a lucratividade se mantendo estável e as discussões sobre tarifas ou desaceleração global pesando na percepção de risco.