Invest

Teste de novo medicamento da dona do Ozempic decepciona e ação cai 6%

Resultados preliminares do CagriSema, fabricado pela Novo Nordisk, indicam que pacientes perderam 15,7% do peso corporal, abaixo da previsão de 25%

Publicado em 10 de março de 2025 às 10h00.

Última atualização em 10 de março de 2025 às 10h02.

As ações da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk – fabricante do Ozempic – caíram mais de 6% na manhã desta segunda-feira, 10, após a divulgação dos resultados preliminares do CagriSema, seu novo medicamento de emagrecimento.

O tratamento, que combina cagrilintida e semaglutida, ajudou pacientes adultos com obesidade ou sobrepeso e diabetes tipo 2 a perderem 15,7% do peso corporal após 68 semanas de uso.

Apesar da perda de peso significativa, o desempenho ficou abaixo da previsão da empresa, que esperava uma redução de 25% no peso dos pacientes. Em um teste anterior, o CagriSema havia mostrado uma perda de 22,7%.

Embora os resultados não tenham atendido às expectativas, a Novo Nordisk destacou que o CagriSema ainda apresentou "perda de peso superior" em comparação com o placebo, que resultou em uma redução de apenas 3,1%.

Além disso, a empresa afirmou que o medicamento demonstrou um perfil seguro e bem tolerado, com efeitos colaterais gastrointestinais leves e temporários. A aprovação regulatória do medicamento deve ser solicitada no primeiro trimestre de 2026.

A Novo Nordisk se tornou uma das empresas mais valiosas do mundo com seus medicamentos para emagrecimento, como o Wegovy e o Ozempic. Recentemente, a companhia lançou uma farmácia online, a Novocare, que oferece o Wegovy diretamente aos consumidores por US$ 499 por mês.

Acompanhe tudo sobre:Novo NordiskOzempicAções

Mais de Invest

Investidor de ‘A Grande Aposta’ vê oportunidade no conflito Israel-Irã; guerra comercial preocupa

O dólar sob ameaça: como estratégia econômica de Trump pode desvalorizar a moeda

Fed deve manter juros inalterados enquanto avalia impacto das tarifas e incertezas fiscais

Mercados operam sem direção única à espera do Fed e sob tensão no Oriente Médio