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Nubank (ROXO34) volta a ser o banco mais valioso da América Latina

Bons números do segundo trimestre de 2025 fizeram cinco casas darem 'upgrade' no papel

Nubank: cinco casas deram 'upgrade' na controladora

Nubank: cinco casas deram 'upgrade' na controladora

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 09h48.

O Nubank (ROXO34) voltou a ser o banco mais valioso da América Latina, ultrapassando o Itaú Unibanco em valor de mercado. O feito ocorre após o ‘roxinho’ subir 5% nesta semana e 25% nos últimos 30 dias. No último fechamento do pregão desta terça-feira, 8, o Nubank estava avaliado em R$ 404 bilhões na NYSE, enquanto o Itaú era avaliado em R$ 387 bilhões.

O movimento reflete o bom resultado do banco no segundo trimestre deste ano, quando reportou um lucro líquido de US$ 637 milhões, 43% maior do que o registrado um ano antes. O indicador de rentabilidade sobre patrimônio do banco (ROE) chegou a 28% no período, ante 27% no primeiro trimestre do ano. A inadimplência controlada no período também foi um ponto de destaque.

Após os bons números, ao menos cinco casas deram ‘upgrades’ na controladora do Nubank, a Nu Holding: BTG Pactual (do mesmo grupo de controle de EXAME), Itaú BBA, Citi, Bradesco BBI e Santander. BTG Pactual e Itaú BBA passaram suas recomendações para a instituição financeira de ‘neutra’ para ‘outperform’ (equivalente à compra).

Citi atualizou sua recomendação de venda para compra. Já o Bradesco BBI foi de neutra para ‘outperform’, enquanto o ‘upgrade’ do Santander foi de venda para neutra. Com a visão de que a operação mexicana do ‘roxinho’ comece a dar lucro em breve, JP Morgan trocou Banco do Brasil (BBAS3) por Nubank em sua carteira.

Queridinho da Faria Lima

O Nubank se tornou, aos poucos, o queridinho da Faria Lima. O Bradesco BBI avalia que o aumento dos limites de crédito deve acelerar a carteira de cartões no Brasil, mas elevou o custo de risco no Nubank para refletir a maior originação de empréstimos, ainda que projete avanço de 13% no lucro em 2025 e 14% em 2026.

Já o Santander aponta que o banco digital vive uma nova fase de crescimento lucrativo, sustentada pela melhora da margem de juros, recuperação do NII (renda líquida de juros) e estabilidade da inadimplência. Para 2026, projeta que a queda da Selic deve aliviar custos de captação e reduzir calotes, favorecendo especialmente instituições voltadas ao público de baixa renda, como o Nu.

O Citi afirma que apesar das preocupações com o ambiente macroeconômico, vê os últimos trimestres como uma prova da capacidade do Nubank não apenas de navegar bem, mas também de acelerar em segmentos importantes, mantendo a boa qualidade dos ativos.

O Itaú BBA revisou para cima sua recomendação para as ações do Nubank, citando melhor percepção dos efeitos macroeconômicos sobre a carteira de crédito, manutenção da qualidade dos empréstimos e expectativa de avanço no volume de transações com cartões.

O BTG Pactual, que havia sido mais cauteloso com o Nubank num passado recente, agora prevê uma trajetória de crescimento mais robusta, puxada, principalmente, por um aumento na emissão de empréstimos pessoais, no volume total de pagamentos (TPV) com cartões de crédito e pelo ganho de tração no mercado mexicano.

Para o Citi, a dinâmica dos lucros do Nu tem chance de acelerar, não apenas devido à dinâmica do Brasil, mas também aos ventos favoráveis do México e da Colômbia.

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