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Nvidia se aproxima dos US$ 4 trilhões em valor de mercado — e bate de frente com a Apple

Nvidia atinge quase US$ 4 trilhões em valor de mercado, mas fabricantes de equipamentos para chips enfrentam desafios, oferecendo boas oportunidades de investimento

Nvidia: empresa pode chegar a US$ 4 trilhões  (I-HWA CHENG / Colaborador/Getty Images)

Nvidia: empresa pode chegar a US$ 4 trilhões (I-HWA CHENG / Colaborador/Getty Images)

Publicado em 1 de julho de 2025 às 13h35.

Última atualização em 1 de julho de 2025 às 15h16.

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A Nvidia (NVDA) chegou a um valor de mercado próximo a US$ 4 trilhões nesta terça-feira, 1º, se tornando a primeira companhia a alcançar esse marco. Isso coloca a empresa ainda mais à frente da Microsoft (MSFT), avaliada em US$ 3,6 trilhões.

A empresa registra alta de 67% nas ações desde abril. Às 13h21, no horário de Brasília, as ações da fabricante de chips recuavam 0,57%, avaliando a Nvidia em US$ 3,73 trilhões.

A crescente demanda por seus aceleradores de inteligência artificial (IA) e sistemas de computação fez com que a Nvidia atraísse um número cada vez maior de clientes. Isso ocorre em meio à expectativa de que os gastos com infraestrutura de IA cheguem a quase US$ 2 trilhões até 2028, segundo a Bloomberg, com as grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, como Microsoft, Meta, Amazon e Alphabet, projetando investir cerca de US$ 350 bilhões em despesas de capital nos próximos anos.

Especialistas continuam otimistas com as perspectivas da Nvidia. Aziz Hamzaogullari, fundador e CIO da Loomis, Sayles & Co., destacou à Bloomberg que a Nvidia possui uma posição única e poderá manter sua liderança nos próximos anos. Além disso, o analista Ananda Baruah, da Loop Capital, elevou sua meta de preço para as ações da Nvidia de US$ 175 para US$ 250, sugerindo que a empresa poderia alcançar uma capitalização de mercado de até US$ 6 trilhões.

O crescimento da Nvidia ocorre após uma preocupação no início do ano, quando o surgimento de chatbots avançados, como o DeepSeek, desenvolvido na China, gerou incertezas sobre a continuidade dos investimentos em IA.

Apesar disso, os investidores têm se concentrado principalmente em empresas que projetam chips de IA, como a Nvidia, Advanced Micro Devices (AMD), Broadcom e Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), deixando de lado as fabricantes de equipamentos, que não receberam a mesma atenção. As ações da Applied Materials, por exemplo, caíram 23% no ano passado, enquanto as da Nvidia subiram 27%, o que coloca a fabricante de chips em uma avaliação superior, com múltiplos de 32 vezes os lucros futuros, ante 18 vezes da Applied.

Dan Ives, da Wedbush Securities, tem sido um grande defensor do potencial de crescimento da Nvidia. Ele acredita que o valor de mercado da empresa pode não parar em US$ 4 trilhões, e que a Nvidia pode alcançar até US$ 5 trilhões em valor de mercado. Ives destaca que a empresa está bem posicionada para capitalizar não apenas na IA corporativa, mas também no uso da tecnologia de IA em consumo, sistemas autônomos e robótica.

A Apple na corrida

Atualmente, nenhuma empresa alcançou oficialmente o valor de mercado de US$ 4 trilhões. E, além da Nvidia, a Apple também pode estar perto de alcançar esse marco.

No final de junho, a Apple estava avaliada em aproximadamente US$ 3,85 trilhões, um valor registrado na última sessão de negociação antes do fechamento do mês. Esse crescimento recente foi impulsionado principalmente pelo entusiasmo do mercado com as iniciativas de inteligência artificial da empresa, especialmente após o anúncio do Apple Intelligence, e pela expectativa de uma nova fase de vendas do iPhone. A adoção de IA e a grande base instalada de dispositivos são vistas como motores-chave para o futuro próximo do gigante tecnológico.

Analistas apontam a Apple como a favorita para se tornar a primeira empresa do mundo a atingir US$ 4 trilhões em valor de mercado. Ives também é o principal defensor dessa previsão, tendo reiterado publicamente que a Apple deverá alcançar esse marco ainda em 2025, impulsionada por um “superciclo” de upgrades do iPhone e pela crescente integração da IA nos seus produtos e serviços. A forte base instalada da Apple, com cerca de 2 bilhões de dispositivos ativos, também é vista como um fator determinante para esse sucesso.

Além de Ives, outros analistas, como Tom Forte do Maxim Group, também destacam o recente rali nas ações da Apple, atribuindo-o à expectativa de vendas recordes no ciclo de iPhones e à adoção crescente de IA.

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