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NY deve abrir com alta diante de otimismo de investidor

O tom otimista predomina nos negócios, repetindo o que foi visto na segunda-feira, 17


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,18%, o Nasdaq ganhava 0,18% e o S&P 500 tinha alta de 0,01%
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,18%, o Nasdaq ganhava 0,18% e o S&P 500 tinha alta de 0,01% (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 10h39.

Nova York - Os índices futuros apontam para uma abertura em alta das bolsas norte-americanas nesta terça-feira, 18. O tom otimista predomina nos negócios, repetindo o que foi visto na segunda-feira, 17, com os investidores animados para a reunião de política monetária dos dirigentes do Federal Reserve (Fed) e apostando que os estímulos vão continuar por mais algum tempo.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,18%, o Nasdaq ganhava 0,18% e o S&P 500 tinha alta de 0,01%.

A reunião de dois dias do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que define os rumos da política do Fed, começa nesta terça-feira. Todas as atenções de Wall Street estão concentradas na reunião, sobretudo no comunicado que será divulgado após seu término e na entrevista que o presidente do Fed, Ben Bernanke, dará logo em seguida.

O interesse é para saber os próximos passos da política de estímulos do banco central, depois que o próprio Bernanke e outros dirigentes do Fed enviaram sinais confusos nas últimas semanas sobre os rumos da estratégia.

Um estudo do Deutsche Bank, feito a partir da análise de várias reuniões do Fomc nos últimos anos, mostra que encontros seguidos de entrevistas à imprensa tendem a ter mais informações relevantes. Por isso, mexem mais com o mercado do que quando há apenas a divulgação de um comunicado.

Para o economista da ITG Investment Research, Steve Blitz, Bernanke e os dirigentes do Fed em geral vão ter a chance de resolver amanhã um problema que eles mesmo criaram.

A comunicação pouco clara da estratégia de saída do Fed de sua política de compras de ativos tem provocado estresse e forte volatilidade nas bolsas, dólar e no juros dos treasuries norte-americanos nas últimas semanas. "Todo mundo vai ficar atento a tudo o que Bernanke falar e ao que não falar", destaca Blitz em um relatório.


Na agenda de indicadores desta terça-feira, foi divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) com números de maio, que vieram um pouco melhor que o esperado, o que ajudou a manter o clima positivo nas mesas de operação nesta manhã. O índice subiu 0,1% depois de cair 0,4% em abril. A expectativa dos economistas era de expansão de 0,2%.

Já as construções de moradias iniciadas cresceram 6,8% em maio ante abril e atingiram 914 mil, ante expectativa de 952 mil dos analistas do setor imobiliário (o que equivaleria a uma expansão de 11,4%).

Apesar de a expansão ter ficado abaixo do esperado, marca uma recuperação em relação a abril, quando houve queda de 14,8% no indicador na comparação com maio, sobretudo por causa da queda na construção de apartamentos.

Para o economista da consultoria Capital Economics, o índice vai superar talvez já em junho a barreira de 1 milhão, número esperado para ser atingido mais para meados do segundo semestre, e deve chegar a 1,7 milhão de moradias em 2014. "O setor vai continuar sendo um dos principais a puxar a recuperação da economia norte-americana", disse o economista para os EUA da consultoria, Paul Ashworth.


No noticiário corporativo, o setor aéreo segue no radar, no segundo dia do Paris International Air Show, que reúne fabricantes de aviões, companhias aéreas e fornecedores.

Ontem, a fabricante Airbus anunciou a venda para uma empresa alemã de 20 aviões de grande porte, com capacidade para 525 passageiros, em um negócio de US$ 8 bilhões. Já a rival Boeing anunciou que recebeu um total de 102 ordens firmes de cinco companhias aéreas para uma nova versão do 787 Dreamliner, totalizando US$ 30 bilhões.

O jornal The New York Times avalia em um artigo que essas operações marcam a volta das vendas de grandes aviões, depois de alguns anos com o predomínio de pedidos de aeronaves de menor porte. A última venda deste tipo de avião pela Airbus foi há dois anos. No encontro, a expectativa é de fechamento de outros grandes negócios. No pré-mercado, o papel da Boeing subia 0,36%.

Na agenda do dia, a gestora de recursos BlackRock, uma das maiores do mundo, e o grupo financeiro Prudential, fazem reuniões com analistas e investidores que podem repercutir nas ações nesta terça-feira.

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