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'Disco arranhado' do Spotify? Ação despenca 11,5% e tem pior dia desde 2023

Daniel Ek, CEO da plataforma de streaming de música, disse que está "insatisfeito" diante dos resultados durante teleconferência para analistas

A receita total do Spotify cresceu 10% e atingiu € 4,19 bilhões no trimestre, impulsionada pelo aumento nas receitas com assinaturas pagas (Dilara Irem Sancar/Anadolu /Getty Images)

A receita total do Spotify cresceu 10% e atingiu € 4,19 bilhões no trimestre, impulsionada pelo aumento nas receitas com assinaturas pagas (Dilara Irem Sancar/Anadolu /Getty Images)

Publicado em 29 de julho de 2025 às 20h31.

Última atualização em 29 de julho de 2025 às 20h35.

Com resultados abaixo do esperado por Wall Street, o Spotify viveu um 'dia de cão' na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) nesta terça-feira, 29. Em seu pior desempenho em um pregão desde julho de 2023, os papéis do serviço de streaming de música recuaram 11,5%. A empresa também divulgou uma previsão fraca para o trimestre atual.

A receita da plataforma sueca aumentou 10% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior: 3,81 bilhões. A empresa, contudo, registrou um prejuízo líquido de € 86 milhões, ou € 0,42 por ação, abaixo do lucro líquido de 225 milhões, ou 1,10 por ação, registrado no mesmo período do ano anterior.

A empresa afirmou que maiores custos com o departamento pessoal, marketing e serviços profissionais, além de 115 milhões em encargos sociais, contribuíram para os resultados.

A receita com publicidade também caiu 1% frente ao mesmo período no ano anterior, para 453 milhões. A empresa afirmou que vê potencial em seu portfólio de publicidade e na demanda, dada sua forte base de usuários, e se concentrará na adoção e em novas ferramentas no segundo semestre.

“Embora eu esteja insatisfeito com a situação atual, continuo confiante nas ambições que definimos para este negócio, e estamos trabalhando rapidamente para garantir que estamos no caminho certo”, disse o sueco Daniel Ek, CEO do Spotify, em teleconferência de resultados.

Crescimento forte de usuários e assinantes

Entre abril e junho, o número de usuários ativos mensais cresceu 11%, chegando a 696 milhões, representando 7 milhões acima da projeção anterior. Já os assinantes premium, que geram a maior parte da receita da empresa, aumentaram 12% e chegaram a 276 milhões, também superando a estimativa em 3 milhões.

Segundo reportagem do Wall Street Journal, as maiores altas vieram de América Latina, Europa e outros mercados internacionais. A oferta de audiolivros em planos premium avança desde seu lançamento em 2023, com um crescimento de 35% nas horas de escuta em países como EUA, Reino Unido e Austrália.

Receita avança, mas custos também crescem

A receita total do Spotify cresceu 10% e atingiu € 4,19 bilhões no trimestre, impulsionada pelo aumento nas receitas com assinaturas pagas. 

Apesar do prejuízo, os papéis do Spotify acumulam alta de mais de 30% em 2025. Segundo a reportagem, a companhia tem buscado ampliar suas margens e alcançar lucros de formas sustentáveis, combinando reajustes de preços com corte de gastos.

Para o terceiro trimestre, a empresa projeta alcançar 710 milhões de usuários ativos mensais e 281 milhões de assinantes premium. A receita estimada é de € 4,2 bilhões, com margem bruta de 31,1%.

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