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O novo trio de Wall Street: como Microsoft, Meta e Nvidia bateram recordes no 1º semestre

Trio conhecido como M-N-M’s supera desafios do mercado e encerra primeiro semestre em máximas históricas, aponta Jim Cramer, da CNBC

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 2 de julho de 2025 às 08h27.

Adeus 'Magníficas 7', é hora de dar as boas-vindas as M-N-M's: o trio das gigantes da tecnologia que encerraram o primeiro semestre do ano em níveis recordes no mercado. Microsoft, Nvidia e Meta foram as empresas destaque na primeira metade de 2025, de acordo com Jim Cramer, da CNBC

“Não é FANG. Nem Magnificent Seven. Apenas M-N-Ms”, disse Cramer. “Os únicos sobreviventes de um trimestre brutal para aquele que já foi o grupo mais fascinante do mercado.”

Apesar de os mercados estarem diante de um crescimento das empresas de tecnologia — especialmente nos setores de inteligência artificial e dados —, não tem sido um ano fácil para o mercado. Com as políticas tarifárias do presidente Donald Trump e a escalada das tensões comerciais entre China e EUA, muitas empresas do ramo viram suas ações despencarem. 

A Apple é o perfeito exemplo disso. Mesmo sendo referência no setor de tecnologia e tendo conquistado milhões de consumidores fiéis ao longo dos anos, a gigante viu suas ações caírem 20% desde o início de 2025, em meio ao 'tarifaço' do republicano, críticas do governo americano após a empresa anunciar investimentos de fábricas na Índia e dificuldades no desenvolvimento de tecnologias de IA. 

Entretanto, apesar dos tropeços diante de um cenário político instável, a CNBC destacou que as M-N-M's conseguiram superar e se recuperaram após um começo de semestre turbulento. 

Microsoft

Em janeiro, a Microsoft viu o crescimento de sua divisão de nuvem Azure ficar abaixo do esperado pelo mercado, decepcionando Wall Street. No entanto, ao final de abril e com uma nova leva de resultados apresentados, o segmento de nuvem conseguiu superar as expectativas e registrou um aumento de 33%. Para Cramer, esse desempenho foi o suficiente para colocar as ações da Microsoft na lista de máximas histórias

Nvidia

Com um começo de ano conturbado após o lançamento da DeepSeek, startup chinesa que ameaçou o domínio da empresa no setor de chips para IA, a Nvidia conseguiu se reestruturar e apresentou novas tecnologias. Em abril, as ações da marca chegaram a cair após Trump impor restrições às vendas de seus produtos na China. Contudo, a gigante se recuperou nos meses seguintes, impulsionada por sua “superioridade em semicondutores e pela demanda persistente dos hyperscalers”, explicou Cramer. 

Em 26 de junho, a Nvidia retomou a liderança e voltou a ser a empresa mais valiosa do mundo após um recorde nas ações, alcançando US$ 3,76 trilhões em valor de mercado e superando a Microsoft. 

Meta

Já para a empresa de Mark Zuckerberg, Cramer confessou que é mais difícil de explicar seu desempenho. O especialista contou que as ações da gigante foram arrastadas pela queda ampla de diversas ações de crescimento no início do ano. Em abril, no entanto, os resultados trimestrais da Meta atingiram e superaram as previsões. Cramer justificou o crescimento da Meta com a capacidade de publicidade da empresa, que parece estar "especialmente forte". 

Brincando com a abreviação de M-N-M's - que soam ao ouvido como a marca de chocolate M&M's, Cramer finalizou dizendo que Microsoft, Nvidia e a Meta "derretem na boca, não nas mãos". 

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