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Otimismo contagia negócios e Ibovespa testa 60 mil pontos

Na máxima intradiária, o índice chegou a subir 1,56%, aos 60.208 pontos


	Operadores na Bovespa
 (Germano Lüders/EXAME)

Operadores na Bovespa (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 13h47.

São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa avançava nesta terça-feira e buscava romper os 60 mil pontos, apoiado no clima positivo dos mercados externos, com investidores apostando em medidas de bancos centrais para estimular a economia global.

Às 13h15, o Ibovespa subia 1,07 por cento, a 59.913 pontos. Na máxima intradiária, o índice chegou a subir 1,56 por cento, a 60.208 pontos. O giro financeiro do pregão era de 3,3 bilhões de reais.

"O sentimento do mercado hoje é de que vamos ter em breve alguma flexibilização na Europa e mais estímulo vindo do Fed (banco central dos Estados Unidos)", disse o analista Hamilton Alves, do BB Investimentos em São Paulo.

"Com isso, voltamos a operar em torno dos 60 mil pontos, o que indica um retorno à normalidade econômica", acrescentou.

Além da expectativa de atuação de bancos centrais no exterior, a percepção de que a economia brasileira voltou a recuperar fôlego também contribuía para o otimismo dos investidores com o mercado acionário local, segundo Alves.

"Já chegamos ao fundo do poço e a ideia agora é voltar a melhorar... Com tudo isso, temos visto um retorno dos investidores estrangeiros à bolsa", afirmou.

O saldo de recursos externos na Bovespa era positivo em 2 bilhões de reais em agosto, até dia 17 (últimos dados disponíveis). Se a tendência se mantiver, esse será o primeiro mês com saldo externo positivo desde abril.

A entrada de estrangeiros na bolsa ajudava a explicar a disparada das construtoras, segundo Alves. Apesar dos ganhos das últimas sessões, ações do setor ainda acumulam perdas no ano.

Brookfield liderava os ganhos do Ibovespa nesta terça-feira, com alta de 9,02 por cento, a 3,99 reais, seguida por Gafisa, que subia 7,18 por cento, a 4,18 reais.

Dentre as blue chips, OGX avançava 4,5 por cento, a 6,73 reais, e a preferencial da Vale tinha alta de 1,35 por cento, a 36,05 reais.


Já a preferencial da Petrobras caía 0,65 por cento, a 21,44 reais. O papel passou a cair no fim da manhã, após a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, ter dito que não realiza nenhuma negociação com o governo para um novo reajuste dos preços dos combustíveis.

Dentre as principais quedas do Ibovespa, estavam a Telefônica Vivo e ALL, com baixa de 4,1 por cento e 3,43 por cento, respectivamente.

Na bolsa de Nova York, o índice Dow Jones tinha variação negativa de 0,01 por cento e o S&P 500 tinha alta de 0,13 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em alta de 0,53 por cento.

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