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Ouro bate 9º recorde no ano e passa dos US$ 4.000 pela primeira vez na história

Instabilidade da economia dos Estados Unidos e 'shutdown' do governo norte-americano preocupa mercado

Ouro: metal supera US$ 4.000 por onça pela primeira vez, em meio à crise fiscal e shutdown nos EUA. (Sven Hoppe/picture alliance/Getty Images)

Ouro: metal supera US$ 4.000 por onça pela primeira vez, em meio à crise fiscal e shutdown nos EUA. (Sven Hoppe/picture alliance/Getty Images)

Publicado em 8 de outubro de 2025 às 06h29.

Pela 9ª vez em 2025, o ouro bateu recorde nesta quarta-feira, 8, e passou— pela primeira vez — US$ 4.000 por onça.

O metal subiu até 1,4% e atingiu um novo pico de US$ 4.040,41 por onça, e era negociado a US$ 4.039,48 às 5h47 (horário de Brasília) em Londres.

Segundo avaliação da Bloomberg, a alta foi impulsionada pela preocupação do mercado com a economia dos Estados Unidos, além do 'shutdown' que o governo enfrenta desde o dia 1º de setembro.

A paralisação começou após os partidos do Congresso não conseguirem entrar em um consenso sobre os financiamentos de serviços de saúde, como os subsídios do Obamacaere, que estão para expirar no final do ano.

O novo recorde do ouro representa um marco para o metal, que há apenas dois anos era negociado abaixo dos US$ 2.000. Apenas em 2025, o ouro subiu mais de 50%.

“O ouro ultrapassar os US$ 4.000 não é apenas sobre medo — é sobre realocação”, disse Charu Chanana, estrategista da Saxo Capital Markets Pte, à Bloomberg.

“Com os dados econômicos em pausa e cortes de juros à vista, os rendimentos reais estão recuando, enquanto as ações ligadas à inteligência artificial parecem sobrevalorizadas. Os bancos centrais lançaram as bases para essa alta, mas agora os investidores de varejo e os ETFs estão impulsionando a próxima etapa”, afirmou Chanana.

 

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