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Pague Menos (PGMN3) pode levantar R$ 250 milhões em 'follow on': ação cai

Para analistas, oferta é positiva para redução de alavancagem e abertura de novas lojas, mas não resolve todos os problemas da companhia

Pague Menos: mais lojas da Extrafarma vão ser convertidas à bandeira (Divulgação/Pague Menos)

Pague Menos: mais lojas da Extrafarma vão ser convertidas à bandeira (Divulgação/Pague Menos)

Mitchel Diniz
Mitchel Diniz

Editor de Invest

Publicado em 15 de setembro de 2025 às 14h48.

Última atualização em 15 de setembro de 2025 às 14h53.

A Pague Menos (PGMN3) avalia fazer uma oferta subsequente de ações para levantar cerca de R$ 250 milhões. A operação prevê uma tranche primária, com emissão de novas ações, e uma secundária, com a colocação no mercado de papéis que hoje pertencem a fundos geridos pela General Atlantic.

A oferta será voltado a investidores profissionais, com esforços de distribuição no exterior. Caso implementada, os acionistas da companhia terão direito à prioridade de subscrição na parcela primária do follow on.

Com o anúncio da potencial oferta, que depende de condições de mercado e obtenção de aprovações necessárias para ocorrer, a Pague Menos decidiu descontinuar a divulgação de suas projeções financeiras.

"Caso venha a ser efetivada, a potencial oferta não implicará em alteração do controle acionário da Companhia e será conduzida em conformidade com a legislação e regulamentação aplicáveis", diz o comunicado da Pague Menos.

Após concluir a integração com a Extrafarma, a Pague Menos busca recursos para abrir novas lojas e diminuir sua alavancagem.

A relação dívida líquida e Ebitda da companhia terminou o segundo trimestre de 2025 em 2,6 vezes. A dívida bruta da Pague Menos chegou a R$ 1,69 bilhão no período.

O mercado farmacêutico, além de bastante pulverizado, é marcado pela competição com outros grandes concorrentes, como a RD Saúde (RADL3), dona da Raia Drogasil e Droga Raia.

Além disso, supermercados podem receber aval do Congresso para comercializar medicamentos sem prescrição médica. O Mercado Livre (MELI34) também está se preparando para ingressar no segmento.

O JP Morgan avalia que a oferta subsequente é positiva, mas não suficiente para sanar os problemas da companhia. O fato da General Atlantic, uma investidora da empresa, vender sua participação também pode vir a exercer uma pressão sobre o papel, alertam os analistas. O banco tem recomendação de venda para PGMN3.

Às 14h24, horário de Brasília, as ações da Pague Menos recuavam 2,62%, a R$ 3,72.

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