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Para Ray Dalio, EUA corre risco de entrar em guerra civil e dívida é 'bomba fiscal'

Bilionário vê paralelos com período pré-Segunda Guerra e diz que dívida dos EUA ameaça a ordem monetária global

Ray Dalio: bilionário alerta que dívida dos EUA é uma "bomba fiscal" e vê risco de guerra civil no país (Roy Rochlin / Correspondente autônomo/Getty Images)

Ray Dalio: bilionário alerta que dívida dos EUA é uma "bomba fiscal" e vê risco de guerra civil no país (Roy Rochlin / Correspondente autônomo/Getty Images)

Publicado em 10 de outubro de 2025 às 06h29.

O investidor bilionário Ray Dalio afirmou que os Estados Unidos caminham para uma possível "guerra civil de algum tipo", em meio a diferenças irreconciliáveis entre grupos sociais e políticos. Segundo ele, esse cenário interno se soma a tensões globais e a uma crise econômica iminente impulsionada pela dívida crescente do governo norte-americano.

“Esses conflitos vão se tornar testes de poder entre os lados. Se não nos preocuparmos com isso, os riscos serão ainda maiores”, afirmou Dalio, em entrevista à Bloomberg Television nesta sexta-feira, 10. Para ele, o ambiente atual é “muito semelhante ao que precedeu a Segunda Guerra Mundial”.

Fundador da gestora Bridgewater Associates, Dalio voltou a chamar atenção para o ritmo acelerado de crescimento da dívida dos EUA. Ele alertou que o endividamento em alta, sem controle, funciona como "placa nas artérias" da economia, restringindo o consumo e colocando em risco o sistema financeiro global.

Dívida pública dos eua pode superar 116% do pib

Segundo projeções do Congressional Budget Office, a dívida pública dos EUA atingiu 99% do Produto Interno Bruto (PIB) americano em 2024 e deve alcançar 116% até 2034 — o maior nível da história do país. Dalio define o cenário como uma “bomba fiscal” e defende medidas urgentes, como aumento da arrecadação e cortes de gastos.

Para ele, tanto democratas quanto republicanos compartilham a responsabilidade pela crise fiscal. No mês passado, o investidor já havia classificado o desequilíbrio nas contas como uma ameaça direta à ordem monetária global.

Apesar de ter deixado o controle da Bridgewater neste ano, Dalio continua influente nos debates sobre geopolítica e macroeconomia. A gestora, com sede em Connecticut, administra atualmente cerca de US$ 92 bilhões — volume abaixo dos quase US$ 140 bilhões do início de 2023, mas com desempenho positivo em 2025, o melhor desde 2010.

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