Preços: inflação medida pelo PCE é destaque da agenda desta sexta-feira (Fikri Rasyid /Unsplash)
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Publicado em 26 de setembro de 2025 às 07h37.
Os mercados globais operam com cautela nesta sexta-feira, 26, à espera do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de agosto, indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed), que será divulgado às 9h30 (de Brasília).
Economistas projetam alta de 0,2% no mês e manutenção do ritmo anual em 2,9%. O dado deve calibrar as apostas para as duas últimas reuniões do Fed em 2025: segundo o CME FedWatch, o mercado atribui 88% de chance de corte de 0,25 ponto percentual em outubro e 62% de probabilidade de nova redução em dezembro.
Na quinta-feira, o PIB do segundo trimestre foi revisado para alta de 3,8%, acima da estimativa de 3,3%, enquanto os pedidos semanais de auxílio-desemprego recuaram. Os números reforçaram a visão de uma economia mais aquecida, o que limita o espaço para cortes de juros.
A agenda do dia também inclui, às 11h, a divulgação do índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, no mesmo horário em que Tom Barkin, presidente do Fed de Richmond, participa de um evento.
Às 14h, a Baker Hughes atualiza os dados sobre poços e plataformas de petróleo em operação, enquanto Michelle Bowman, dirigente do Fed, discursa em outra conferência.
Outro ponto no radar dos investidores são as novas tarifas anunciadas por Donald Trump, incluindo imposto de 100% sobre medicamentos patenteados e taxas adicionais sobre caminhões pesados e móveis, com início em 1º de outubro.
Segundo o Wall Street Journal, a Casa Branca também estuda medidas para reduzir a dependência de semicondutores importados, o que pressiona ações de fabricantes globais do setor.
No Brasil, a agenda começa às 8h30 com a divulgação dos números do setor externo de agosto pelo Banco Central.
Às 11h, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, participa por videoconferência de um evento organizado pelo Citi.
Durante a tarde, o Banco Central promove a 101ª reunião trimestral com economistas em São Paulo: às 14h30 com o Grupo 01 e às 16h com o Grupo 02.
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em queda nesta sexta-feira, 26.
O índice Kospi, da Coreia do Sul, recuou 2,45%, enquanto o Kosdaq caiu 2,03%. Na China continental, o CSI 300 perdeu 0,95% e, em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,35%. O Nikkei 225, de Tóquio, encerrou com baixa de 0,80%, e o BSE Sensex, da Índia, recuou 0,90%.
Na contramão, o S&P/ASX 200, da Austrália, subiu 0,17%, e o Topix, do Japão, avançou 0,05%.
Na Europa, os principais índices operavam em alta por volta das 7h30. O DAX, da Alemanha, subia 0,40%, enquanto o CAC 40, da França, avançava 0,42%. O Stoxx 600, que reúne as maiores empresas do continente, registrava ganho de 0,28%. No Reino Unido, o FTSE 100 tinha valorização de 0,33%.
Nos Estados Unidos, os futuros dos índices mostravam sinais mistos no mesmo horário. Os futuros dos índices americanos mostravam sinais mistos por volta das 7h30. Os contratos do S&P 500 avançavam 0,03% e os do Dow Jones subiam 0,15%, enquanto os do Nasdaq 100 recuavam 0,11%.