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Peso argentino é a moeda que mais caiu frente ao dólar em 2025; o real valorizou

Somente cinco moedas perderam valor em relação ao real neste ano; o peso argentino foi a principal delas

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 12h57.

Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 14h40.

O peso argentino é a moeda que mais desvalorizou frente ao dólar em 2025 até agora, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta. Até a segunda-feira, 8, a moeda da Argentina acumula uma desvalorização de 27,4% quando comparada à americana. O real, por sua vez, é a quarta moeda que mais valorizou: nos últimos nove meses, a divisa brasileira subiu 14,08%.

Segundo a Elos Ayta, "isso significa que, na prática, quem tem peso argentino precisa cada vez de mais de moeda local para comprar o mesmo dólar". Na segunda-feira, a moeda americana fechou em valor recorde no mercado argentino, o que, para a consultoria, "reflete a combinação de inflação elevada, falta de confiança dos investidores e dificuldades do país em estabilizar sua economia".

Já o real, de acordo com a análise da Elos Ayta, mostra que mesmo com desafios fiscais e políticos, a moeda conseguiu valorizar de forma expressiva, impulsionada pelo ingresso de capital estrangeiro e pelos juros ainda elevados, que tornam a renda fixa local mais atraente para investidores.

Às 12h41, no horário de Brasília, o dólar subia 0,10% em relação ao real, cotado a R$ 5,42. Na Argentina, a moeda operava em queda de 0,11%, cotada a 1.421,43 pesos argentinos.

Quem ganhou e quem perdeu?

Enquanto a Argentina lidera as perdas, várias moedas se fortaleceram. O destaque vai para o rublo russo, que valorizou 33,99% frente ao dólar. Em seguida aparecem:

  • Coroa sueca: 17,84%
  • Franco suíço: 15,19%
  • Real brasileiro: 14,08%

Das 27 moedas analisadas, apenas cinco desvalorizaram em 2025:

  • Peso argentino (-27,4%)
  • Lira turca (-14,35%)
  • Rúpia indiana (-2,84%)
  • Rúpia indonésia (-1,75%)
  • Dólar de Hong Kong (-0,39%)

Dólar perde fôlego

Em 2025, o mercado cambial global viu uma série de flutuações nas taxas de câmbio, com destaque para a desvalorização do dólar, segundo a Elos Ayta.

O DXY, índice que mede a força do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes como o euro, o iene e a libra, registrou queda significativa de 10,18% até setembro.

O desempenho indicou que, no cenário internacional, o dólar perdeu parte de sua força, proporcionando uma valorização geral de várias moedas globais.

Mas a dinâmica no mercado cambial argentino foi diferente. Mesmo com o enfraquecimento do dólar, o peso argentino continuou a sofrer quedas acentuadas, destacando a fragilidade estrutural da economia do país. Em um contexto onde muitas economias conseguiram uma recuperação com o dólar mais fraco, a moeda local da Argentina enfrentou sua maior perda.

Acompanhe tudo sobre:peso-argentinoDólarJavier Milei

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