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Petrobras busca 'grandes clientes' para distribuir combustível líquido, diz executivo

CEO da companhia diz que portas estão abertas para projetos rentáveis, em linha com o que a Petrobras está buscando

Petrobras vendeu Liquigás para grupos privados em 2020

Petrobras vendeu Liquigás para grupos privados em 2020

Mitchel Diniz
Mitchel Diniz

Repórter de negócios e finanças

Publicado em 8 de agosto de 2025 às 14h57.

A decisão do conselho da Petrobras em incluir a distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) ao plano estratégico da companhia é uma porta que a empresa deixa aberta para oportunidades rentáveis. Foi essa a explicação de Magda Chambriard, CEO da companhia.

“Não temos nenhum projeto de distribuição de GLP na carteira da Petrobras”, afirmou a executiva, durante teleconferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre de 2025.

“Mas queríamos garantir que as portas estivessem abertas para uma eventual possibilidade, caso surja algum projeto bom, rentável e em linha com o que a Petrobras está buscando”. 

Os executivos não foram assertivos ao serem questionados se voltariam ao segmento de combustíveis líquidos em 2029, quando vence o prazo do uso da marca Petrobras pela Vibra. 

“Em relação ao GLP, estamos buscando grandes clientes para oferecer venda dirta. Queremos acessar o mercado e o que foi colocado pelo conselho [de administração] é mais uma oportunidade de avaliação”, afirmou  Evidentemente está no nosso radar, mas com todo respeito à governança da companhia em relação a investimentos”, disse Claudio Schlosser, diretor de logística, comercialização e mercados.

A decisão aprovada pelo board vai ser incorporada aos elementos do plano estratégico da Petrobras, segundo comunicou a companhia em fato relevante. 

Segundo o comunicado, a empresa define como diretriz “atuar em negócios rentáveis e de parcerias nas atividades de distribuição, observadas as disposições contratuais vigentes”.

Entre as prioridades da companhia estão retomar a distribuição de GLP, integrar essa atividade aos demais negócios da Petrobras no Brasil e no exterior e, paralelamente, oferecer aos clientes soluções de baixo carbono.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido publicamente a retomada da Petrobras nesse mercado, alegando que a presença da estatal pode ampliar a concorrência e garantir preços mais justos.

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