(Petrobras/Divulgação)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 9 de maio de 2025 às 11h29.
Última atualização em 9 de maio de 2025 às 11h39.
O topo das empresas mais valiosas do Ibovespa (IBOV) se manteve quase o mesmo, com a Petrobras (PETR4) ainda na liderança.
Mas a composição das empresas mais valiosas do Brasil está enfrentando mudanças em meio à disparada de 13% no índice de referência da bolsa neste ano.
Entre as empresas com mais de R$ 100 bilhões de valor de mercado, houve uma dança da cadeira relevante, mostra levantamento da consultoria Elos Ayta.
A Petrobras tem uma avaliação de mercado de R$ 413 bilhões, se mantendo em primeiro lugar, apesar de ter perdido R$ 77,3 bilhões desde o fim do ano passado por causa da queda nos lucros.
A queda representa a maior desvalorização entre os gigantes da bolsa, contrastando com o histórico recente de desempenho positivo da empresa. A estatal, que domina o setor de petróleo e gás no Brasil, enfrenta desafios que impactam sua avaliação, mesmo com planos de investimento em biocombustíveis e etanol, além do pagamento de dividendos extraordinários.
E, enquanto a Petrobras perde valor, o setor financeiro tem se destacado.
A queda de valor de mercado da petroleira é equivalente ao ganho do Itaú Unibanco (ITUB4), que cresceu R$ 77,7 bilhões, consolidando-se como a segunda empresa com maior valor de mercado da bolsa com R$ 358,9 bilhões.
Ainda mais expressivo é o avanço do BTG Pactual (BPAC11), do mesmo grupo de controle da EXAME, que saltou da sétima para a quinta posição, com um aumento de R$ 71 bilhões desde o começo do ano.
Além do BTG, outros bancos estão entre as maiores avaliações de mercado da B3.
São eles o Bradesco (BBDC4) e o Santander (SANB11), que mantiveram suas posições em oitavo e nono lugares com valor de mercado acima de R$ 100 bilhões, e o Banco do Brasil (BBAS3), que apesar de ter cedido uma posição, cresceu cerca de R$ 30 bilhões.
Somente ontem, com alta de 2,12%, o Ibovespa teve alta de R$ 85 bilhões em valor de mercado. Ao todo, o valor das companhias listadas chegou a R$ 4,34 trilhões — crescimento expressivo em relação aos R$ 3,93 trilhões registrados ao final de 2024.
No segmento industrial e de commodities, a Vale (VALE3) mantém a terceira posição no ranking, embora com uma perda de R$ 7,7 bilhões – em linha com a desvalorização das commodities.
A Ambev (ABEV3), por sua vez, avançou para o quarto lugar, acumulando R$ 40,2 bilhões em valorização.
Em contrapartida, a WEG (WEGE3), que ocupava a quarta posição no ano passado, viu seu valor de mercado cair para R$ 44,3 bilhões, indo para a sexta colocação — a segunda maior perda entre os gigantes, atrás apenas da Petrobras.
O grupo das maiores empresas da B3 concentra mais de 40% da valorização total do mercado neste início de 2025, respondendo por R$ 178 bilhões do crescimento de R$ 406 bilhões.
Empresa | 31/12/2024 | 8/5/2025 | Variação |
---|---|---|---|
Petrobras | 490,407 | 413,079 | -77.328 |
Itaú Unibanco | 281.257 | 358.951 | 77.694 |
Vale | 232.859 | 225.135 | -7.724 |
Ambev S.A. | 184.645 | 224.850 | 40.205 |
Btgp Banco | 133.566 | 204.642 | 71.076 |
WEG | 221.399 | 177.099 | -44.300 |
Brasil | 137.964 | 167.874 | 29.910 |
Bradesco | 114.646 | 150.603 | 35.957 |
Santander BR | 88.906 | 110.962 | 22.056 |