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Petrobras no topo, Itaú e BTG em ascensão: a dança da cadeira dos gigantes da B3

Cerca de 40% da valorização do Ibovespa no ano vem dos gigantes com mais de US$ 100 bi de valor de mercado; setor financeiro aumenta posição no ranking, enquanto produtoras de commodities perdem valor, mostra Elos Ayta

 (Petrobras/Divulgação)

(Petrobras/Divulgação)

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 9 de maio de 2025 às 11h29.

Última atualização em 9 de maio de 2025 às 11h39.

O topo das empresas mais valiosas do Ibovespa (IBOV) se manteve quase o mesmo, com a Petrobras (PETR4) ainda na liderança.

Mas a composição das empresas mais valiosas do Brasil está enfrentando mudanças em meio à disparada de 13% no índice de referência da bolsa neste ano.

Entre as empresas com mais de R$ 100 bilhões de valor de mercado, houve uma dança da cadeira relevante, mostra levantamento da consultoria Elos Ayta.

A Petrobras tem uma avaliação de mercado de R$ 413 bilhões, se mantendo em primeiro lugar, apesar de ter perdido R$ 77,3 bilhões desde o fim do ano passado por causa da queda nos lucros.

A queda representa a maior desvalorização entre os gigantes da bolsa, contrastando com o histórico recente de desempenho positivo da empresa. A estatal, que domina o setor de petróleo e gás no Brasil, enfrenta desafios que impactam sua avaliação, mesmo com planos de investimento em biocombustíveis e etanol, além do pagamento de dividendos extraordinários.

E, enquanto a Petrobras perde valor, o setor financeiro tem se destacado.

A queda de valor de mercado da petroleira é equivalente ao ganho do Itaú Unibanco (ITUB4), que cresceu R$ 77,7 bilhões, consolidando-se como a segunda empresa com maior valor de mercado da bolsa com R$ 358,9 bilhões.

Ainda mais expressivo é o avanço do BTG Pactual (BPAC11), do mesmo grupo de controle da EXAME, que saltou da sétima para a quinta posição, com um aumento de R$ 71 bilhões desde o começo do ano.

Além do BTG, outros bancos estão entre as maiores avaliações de mercado da B3.

São eles o Bradesco (BBDC4) e o Santander (SANB11), que mantiveram suas posições em oitavo e nono lugares com valor de mercado acima de R$ 100 bilhões, e o Banco do Brasil (BBAS3), que apesar de ter cedido uma posição, cresceu cerca de R$ 30 bilhões.

Somente ontem, com alta de 2,12%, o Ibovespa teve alta de R$ 85 bilhões em valor de mercado. Ao todo, o valor das companhias listadas chegou a R$ 4,34 trilhões crescimento expressivo em relação aos R$ 3,93 trilhões registrados ao final de 2024.

Indústria e recursos naturais

No segmento industrial e de commodities, a Vale (VALE3) mantém a terceira posição no ranking, embora com uma perda de R$ 7,7 bilhões – em linha com a desvalorização das commodities.

A Ambev (ABEV3), por sua vez, avançou para o quarto lugar, acumulando R$ 40,2 bilhões em valorização.

Em contrapartida, a WEG (WEGE3), que ocupava a quarta posição no ano passado, viu seu valor de mercado cair para R$ 44,3 bilhões, indo para a sexta colocação — a segunda maior perda entre os gigantes, atrás apenas da Petrobras.

Concentração e perfil do mercado

O grupo das maiores empresas da B3 concentra mais de 40% da valorização total do mercado neste início de 2025, respondendo por R$ 178 bilhões do crescimento de R$ 406 bilhões.

Empresa31/12/20248/5/2025Variação
Petrobras490,407413,079-77.328
Itaú Unibanco281.257358.95177.694
Vale232.859225.135-7.724
Ambev S.A.184.645224.85040.205
Btgp Banco133.566204.64271.076
WEG221.399177.099-44.300
Brasil137.964167.87429.910
Bradesco114.646150.60335.957
Santander BR88.906110.96222.056
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