A Petrobras (PETR3;PETR4) reportou lucro líquido de R$ 26,6 bilhões no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no mesmo período do ano passado. O número veio acima do consenso do mercado, que previa lucro de R$ 22,4 bilhões.

Mesmo considerando números ajustados, que excluem os chamados 'fatores exclusivos', como variações cambiais e baixas contábeis, o lucro ainda ficou acima do esperado pelo mercado, em R$ 23,1 bilhões.

O EBITDA do segundo trimestre foi de R$ 52,3 bilhões, ou R$ 57,9 bilhões sem considerar os efeitos extraordinários. A média das projeções do mercado apontava para uma cifra de R$ 56,9 bilhões.

“Tivemos uma excelente performance operacional no segundo trimestre, impulsionada pela implementação de novos sistemas de produção e por uma melhoria na eficiência dos campos em operação. Esses fatores nos permitiram aumentar o volume de óleo e gás, refletindo positivamente nos resultados financeiros e mitigando os impactos da queda no preço do Brent”, disse o CFO Fernando Melgarejo no release de resultados.

Com isso, ressaltou, o lucro líquido, desconsiderando os eventos exclusivos do período, manteve-se no patamar do trimestre anterior, quando o Brent estava 10% mais caro.

A receita líquida da Petrobras recuou 2,6% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado e 3,3% frente ao primeiro trimestre deste ano, para R$ 119,1 bilhões. A estatal já tinha divulgado uma prévia operacional, mostrando aumento de 5% na produção de petróleo frente ao trimestre imediatamente anterior, chegando a 2,32 milhões de barris por dia.

A Petrobras também anunciou dividendos de R$ 8,66 bilhões, equivalentes a R$ 0,672 por ação ordinária ou preferencial. Apesar da surpresa positiva ao longo do balanço, os proventos podem frustrar: a maior parte dos analistas de mercado previa uma distribuição na casa de US$ 2,2 bilhões, na casa dos R$ 12 bilhões ao câmbio atual.