(Wikipedia/Coinmarketcap/Unsplash)
Publicado em 7 de agosto de 2025 às 07h48.
A Petrobras (PETR3, PETR4) vai divulgar os resultados do segundo trimestre de 2025 nesta quinta-feira, 7, após o fechamento da Bolsa. Os números saem pouco mais de uma semana depois dos dados recordes de produção, que mostraram um crescimento de 7,6% na produção de petróleo da companhia entre abril e junho deste ano - uma média de 2,32 milhões de barris de petróleo por dia. De maneira geral, os analistas acreditam que o balanço pode surpreender positivamente e veem grande chances de anúncio de dividendos.
A média das projeções do mercado, compilada pela Bloomberg, prevê uma reversão do prejuízo de R$ 2,6 bilhões do segundo trimestre do ano passado para lucro líquido de R$ 22,4 bilhões e EBITDA de R$ 56,9 bilhões.
O BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) é, de longe, o mais otimista com os resultados, prevendo um lucro líquido de R$ 33,875 bilhões, bem acima do consenso. O banco aposta que a companhia vai ser capaz de superar a produção prevista para 2025 enquanto o preço do petróleo, mesmo que mais baixo do que consta no plano de negócios da Petrobras, ainda está acima do consenso. Isso cria, segundo os analistas, fluxo de caixa livre mais forte no curto prazo - e estimado em US$ 5,3 bilhões para o segundo trimestre, até porque é provável que a companhia deixe alguns investimentos para depois, quando o preço do petróleo melhorar.
Mas como o fluxo de caixa livre é um valor usado no cálculo de dividendos, para o BTG, há chances da companhia distribuir US$ 2,3 bilhões em proventos, em cima deste resultado. O Goldman Sachs partilha dessa impressão, prevendo um número bastante semelhante, de US$ 2,2 bilhões. O banco só não é tão otimista quanto o BTG em relação à linha final do balanço, e prevê lucro líquido de R$ 21,770 bilhões. Para o EBITDA, a estimativa é de R$ 55,85 bilhões.
A XP, por sua vez, não alterou as projeções que já tinha feito antes dos dados de produção serem divulgados. Os analistas preveem lucro líquido 20% menor que o do primeiro trimestre e EBITDA praticamente estável. O fluxo de caixa esperado é um pouco maior que o da projeção de seus pares, previsto em US$ 2,6 bilhões. A XP também acredita em distribuição de dividendos de US$ 2,2 bilhões.
O Santander pondera o que joga contra e a favor dos resultados do segundo trimestre. Do lado negativo, a queda no preço do barril de petróleo e uma pequena queda nos estoques do negócio de refinaria. Pelo lado positivo, houve uma redução nos custos de extração, uma melhora nas margens de diesel e resultados ligeiramente melhor na parte de gás e energia. O fluxo de caixa livre previsto pelo banco é de US$ 4,6 bilhões e distribuição de dividendos, de US$ 2,1 bilhões.
O UBS prevê dividend yield acima de 10% para o ano cheio de 2025, com uma visão positiva para a Petrobras. Para o segundo trimestre, o banco não vê grandes surpresas relacionadas ao capex da companhia, o que interfere na distribuição de proventos. Olhando no longo prazo, o UBS enxerga um crescimento de produção robusta até 2028 e uma empresa subestimada pelo mercado por questões políticas.
“Vemos essas métricas como subestimadas pelo mercado, principalmente devido a preocupações de curto prazo em relação ao que virá nas eleições presidenciais do próximo ano, incluindo o desembolso de capex e seus impactos nos dividendos”, escreveram os analistas Matheus Enfeldt, Tasso Vasconcellos e Victor Modanese.
A Petrobras vai divulgar seus resultados do segundo tri na quinta-feira, 7 de agosto.