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Petróleo cai mais de 5% com temor menor de conflito no Oriente Médio

A natureza mais limitada dos ataques de Israel trouxe certo alívio aos investidores

Os mercados já precificaram a extensão da resposta de Israel (AFP/AFP)

Os mercados já precificaram a extensão da resposta de Israel (AFP/AFP)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 28 de outubro de 2024 às 09h00.

Os preços do petróleo caíram mais de 5% nesta segunda-feira depois dos ataques de Israel contra o Irão no final de semana. Ao final da ação israelense, as instalações nucleares e petrolíferas dos persas foram preservadas, sem interromper o fornecimento de energia, aliviando o temor de crescimento das tensões geopolíticas no Oriente Médio.

O petróleo tipo Brent caía 5,5%, cotado a US$ 71,47 o barril, às 8h50 de Brasília. Já o petróleo cru tinha queda ainda maior, de 5,84%, cotado a US$ 67,59, no mesmo horário.

De acordo com a Reuters, os mercados já precificaram a extensão da resposta de Israel ao ataque com mísseis iranianos de 1º de outubro e também a eleição dos EUA que acontece em 5 de novembro.

A natureza mais limitada dos ataques, incluindo evitar a infraestrutura de petróleo, aumentou as esperanças de um caminho para diminuir as hostilidades no Oriente Médio, especialmente se ficar claro que o Irã não contra-atacará nos próximos, disseram analistas à Reuters.

Em outubro, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, a OPEP+, mantiveram sua política de produção de petróleo inalterada, incluindo um plano para começar a aumentar a produção a partir de dezembro. O grupo se reunirá em 1º de dezembro antes de uma reunião completa da OPEP+ para discutir melhor o assunto.

'Direito de se defender'

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, defendeu neste domingo, 27, o direito de seu país em responder ao recente ataque de Israel contra vários pontos do Irã, embora tenha afirmado que Teerã não procura a guerra.

“Não procuramos a guerra, mas defenderemos os direitos da nossa nação e do nosso país. Daremos uma resposta adequada à agressão do regime sionista (Israel)”, assegurou Pezeshkian na reunião semanal do seu gabinete, segundo a agência de notícias iraniana "Irma".

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