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Petróleo opera em queda, antes de reunião da Opep

Cartel e alguns países de fora dele, como a Rússia, devem decidir se estendem a duração de um acordo para cortar a oferta

Petróleo: preços do petróleo dispararam para as máximas em mais de dois anos nos últimos meses (Edgar Su/File Photo/Reuters)

Petróleo: preços do petróleo dispararam para as máximas em mais de dois anos nos últimos meses (Edgar Su/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 10h23.

Londres - O petróleo opera em baixa na manhã desta segunda-feira, em semana marcada pela expectativa com a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

O cartel e alguns países de fora dele, como a Rússia, devem decidir se estendem a duração de um acordo para cortar a oferta.

Às 9h52 (de Brasília), o petróleo WTI para janeiro caía 0,83%, a US$ 58,46 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro tinha queda de 0,39%, a US$ 63,61 o barril, na ICE.

A Opep e outros produtores se reúnem na quinta-feira para discutir se ampliam os cortes na oferta para além da data prevista, de março de 2018. A posição da Rússia é considerada crucial no caso. Os países envolvidos têm cortado a produção desde janeiro, em um esforço para retirar o excesso de barris do mercado.

"A única incerteza é a forma de cooperação entre a Opep e a Rússia", afirmou Harry Tchilinguirian, diretor de estratégia em mercados de commodities do BNP Paribas.

A Arábia Saudita apoia a extensão do acordo. Já a Rússia tem mostrado divergências sobre a duração e sugeriu em alguns momentos a possibilidade de retardar a decisão até o próximo ano, quando haverá uma melhor avaliação dos fundamentos do mercado, disse Tchilinguirian.

Na semana passada, a Reuters informou que o ministro da Economia russo, Maxim Oreshkin, disse que o crescimento econômico do país deve ser prejudicado pelo acordo para cortar a produção.

Os preços do petróleo dispararam para as máximas em mais de dois anos nos últimos meses, em grande medida por causa da maior tensão geopolítica em países importantes, entre eles o Iraque e a Arábia Saudita, bem como pela expectativa de extensão nos cortes da produção.

Tchilinguirian disse que, conforme o preço do petróleo avança, o rublo russo se fortalece, o que diminui a receita externa da Rússia em moeda local, enquanto há um investimento menor em um grande segmento da economia.

A Rússia concordou em reduzir a produção em 300 mil barris por dia, no âmbito do acordo da Opep. "Nada além de uma extensão do acordo seria uma grande surpresa e geraria uma forte queda no preço", afirmou o Commerzbank em nota.

Os investidores continuam a monitorar os problemas no oleoduto Keystone, que leva petróleo do Canadá aos EUA, após um vazamento neste mês. Espera-se que a redução no fluxo possa provocar mais quedas nos estoques dos EUA nesta semana.

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