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Petróleo tem baixa de 10% em 2023 e fecha o ano abaixo de US$ 80 o barril

Resultado frustrou a expectativa de que o corte na produção da Opep levasse o preço acima dos US$ 100

Petróleo: commodity fechou o ano abaixo da marca dos US$ 100 por barril (Anton Petrus/Getty Images)

Petróleo: commodity fechou o ano abaixo da marca dos US$ 100 por barril (Anton Petrus/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 29 de dezembro de 2023 às 18h32.

Última atualização em 29 de dezembro de 2023 às 18h52.

O petróleo fechou em queda contida nesta sexta-feira, 29, mas acumulou perdas de aproximadamente 10% em 2023. Assim, os preços do WTI e do Brent ficaram abaixo de US$ 80 o barril, frustrando expectativas de que os cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e tensões geopolíticas pudessem impulsionar as cotações ao nível de US$ 100 o barril, frente aos riscos à oferta global.

O WTI para fevereiro fechou em baixa de 0,17% (US$ 0,12), em US$ 71,65 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, ele caiu 2,60%, no mês ele teve queda de 5,67% e em todo o ano, de 10,73%. O Brent para março, por sua vez, hoje recuou 0,14% (US$ 0,11), a US$ 77,04 o barril, na semana perdeu 2,57%, no mês de dezembro teve baixa de 4,72% e, em 2023, de 10,32%. Com isso, o petróleo registrou seu primeiro recuo anual desde 2020.

Na agenda do dia, a Baker Hughes informou que os poços e as plataformas de petróleo em atividade nos EUA avançaram 2 na semana, a 500. O dado, porém, não influiu nos negócios. Na comparação anual, houve queda de 121 nos poços e plataformas em operação no país, mas isso não impediu que os Estados Unidos tenham batido recordes de produção diária nas últimas semanas.

Os contratos chegaram a exibir ganho mais cedo, mas sem grande impulso. A commodity chega ao fim de 2023 com menos vigor do que o esperado anteriormente por analistas, que falavam há um ano que o Brent estaria em cerca de US$ 85 ou mesmo a US$ 100. Especialistas ainda advertem que um quadro de instabilidade poderia levar os preços para cima, mas o quadro de demanda fraca e o crescimento na produção dos EUA pesaram neste ano. Houve um impulso em setembro, com cautela geopolítica, mas isso não se sustentou.

Para 2024, analistas acreditam em petróleo em US$ 90 o barril, apoiado por questões como os cortes na oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Ao mesmo tempo, apontam que continua a haver incertezas no equilíbrio entre oferta e demanda nesse mercado.

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