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PIB brasileiro e inflação nos EUA: o que move o mercado nesta sexta-feira

No fim da noite, a atenção se volta para a China, que divulga às 22h30 os PMIs industriais e de serviços de maio

PCE nos EUA: indicador é a medida preferida do Federal Reserve para monitorar a inflação (Franki Chamaki /Unsplash)

PCE nos EUA: indicador é a medida preferida do Federal Reserve para monitorar a inflação (Franki Chamaki /Unsplash)

Publicado em 30 de maio de 2025 às 07h24.

Esta sexta-feira, 30, será marcada por uma bateria de indicadores econômicos no Brasil e no exterior, com destaque para os dados de crescimento do PIB brasileiro e o índice PCE nos Estados Unidos, a medida preferida do Federal Reserve (Fed) para monitorar a inflação.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga às 9h o PIB do primeiro trimestre, que deve vir forte ou até “exuberante”, segundo projeções do Itaú. O número deve reforçar a leitura de uma economia resiliente, sustentada por um mercado de trabalho aquecido, e reduzir ainda mais as chances de um corte na taxa Selic em 2024. Por outro lado, o dado não deve mudar a avaliação majoritária de que o Comitê de Política Monetária (Copom) já encerrou o ciclo de altas.

Minutos depois, às 9h30, sai o PCE de abril nos Estados Unidos. Apesar de ser o principal termômetro inflacionário para o Fed, o dado não deve alterar a percepção de que a autoridade monetária continuará agindo com cautela e sem pressa para cortar os juros.

A combinação de incertezas tarifárias, agora judicializadas, com o crescimento fraco da economia no primeiro trimestre reforça essa visão. Nem mesmo a recente pressão do sobre Jerome Powell, presidente do Fed, surtiu efeito. Powell foi convidado à Casa Branca para ouvir que os juros precisam cair, mas a sinalização do Fed continua sendo de paciência.

Ao longo do dia, outros indicadores devem movimentar os mercados, como o PMI de Chicago (10h45), o sentimento do consumidor da Universidade de Michigan (11h) e os dados de petróleo da Baker Hughes (14h).

No fim da noite, a atenção se volta para a China, que divulga às 22h30 os PMIs industriais e de serviços de maio.

Entre os eventos relevantes, os investidores acompanham às 14h30 uma coletiva do presidente Trump, marcada pela despedida de Elon Musk do governo, e discursos de dirigentes do Fed: Raphael Bostic (13h20) e Austan Goolsbee (20h30). No Brasil, a Aneel divulga ainda hoje a bandeira tarifária para junho.

Mercados internacionais

As bolsas internacionais operam com viés de cautela nesta sexta-feira, 30, diante das incertezas sobre a política comercial dos Estados Unidos, preocupações com a inflação e dados econômicos mistos. Na Ásia, os principais mercados fecharam no vermelho, pressionados por números acima do esperado da inflação em Tóquio. O índice Nikkei caiu 1,22% e o Topix recuou 0,37%. Na China, o CSI 300 perdeu 0,48% e o Hang Seng caiu 1,2%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, cedeu 0,84%.

O ambiente de tensão é alimentado pela indefinição sobre as tarifas “recíprocas” dos EUA, após uma reviravolta judicial que gerou ainda mais incerteza sobre a política comercial americana. A instabilidade preocupa também a União Europeia, que alertou para os impactos econômicos do impasse, classificado como “urgente”.

Na Europa, por volta das 7h15, as bolsas operavam em alta. O índice europeu Stoxx 600 subia 0,55%, enquanto o DAX, de Frankfurt, avançava 0,72%. Em Londres, o FTSE 100 ganhava 0,73%, e o CAC 40, de Paris, registrava alta mais contida, de 0,23%.

Nos Estados Unidos, os índices futuros operavam em leve queda por volta das 7h15, com os investidores à espera dos dados de inflação pelo índice PCE. O futuro do Dow Jones recuava 0,04%, enquanto o S&P 500 caía 0,14% e o Nasdaq, 0,16%.

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