PIB brasileiro: resultado do 2º trimestre deve indicar desaceleração da atividade (Paulo Whitaker/Reuters)
Redatora
Publicado em 2 de setembro de 2025 às 08h13.
Os mercados começam esta terça-feira, 2, com a agenda cheia. No Brasil, o destaque é a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, às 9h, que deve mostrar desaceleração para 0,3%, segundo estimativas do Broadcast e do Valor Data. O dado reflete o impacto da política monetária do Banco Central e pode influenciar as apostas para a Selic, em meio à melhora das expectativas inflacionárias.
Além disso, às 9h, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, o que também adiciona volatilidade ao ambiente político.
No Brasil, está previso também o balanço de vendas de veículos em agosto da Fenabrave, em horário não definido.
Nos Estados Unidos, os investidores voltam do feriado do Dia do Trabalho à espera dos dados de emprego (payroll) de agosto, que serão divulgados na sexta-feira.
Nesta terça, o foco recai sobre os indicadores industriais: o PMI da S&P Global às 10h45, seguido do PMI do ISM às 11h, ambos de agosto. Às 11h, também saem os dados de investimentos em construção de julho.
Na Europa, o CPI preliminar de agosto da zona do euro, divulgado às 6h, subiu 2,1% em 12 meses, ligeiramente acima dos 2,0% de julho e da expectativa do mercado. O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, ficou estável em 2,3%. Os números reforçam a visão de que o Banco Central Europeu deve manter os juros inalterados no curto prazo, enquanto segue o debate sobre cortes mais à frente.
Já na Ásia, o calendário inclui o PMI composto do Japão, às 21h30, e da China, às 22h45, ambos referentes a agosto.
Na Ásia, os mercados fecharam mistos. No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,35% e o Topix avançou 0,61%. Na Coreia do Sul, o Kospi registrou alta de 0,94% e o Kosdaq ganhou 1,15%, após a divulgação do índice de preços ao consumidor de agosto.
O movimento foi negativo na China, com o Hang Seng caindo 0,47% e o CSI 300 recuando 0,74%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 perdeu 0,30%. Na Índia, o Nifty 50 recuou 0,18% e o BSE Sensex caiu 0,26%.
Na Europa, os índices operavam em queda por volta das 7h50 (horário de Brasília). O Stoxx 600 recuava 0,92%, o DAX da Alemanha caía 1,47%, o FTSE 100 do Reino Unido perdia 0,46% e o CAC 40 da França recuava 0,19%.
Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street também estavam no vermelho. O Dow Jones caía 0,59%, o S&P 500 recuava 0,73% e o Nasdaq 100 cedia 0,92%.