Invest

PicPay pode valer US$ 8 bilhões após IPO na Nasdaq

A empresa está procurando levantar até US$ 1 bilhão na oferta, que está prevista para acontecer em junho; com a operação, a empresa busca valor de mercado de US$ 8 bilhões

Escritório do PicPay em São Paulo: A fintech pediu o registro da oferta na Nasdaq em abril passado (Rogério Cassimiro/Divulgação)

Escritório do PicPay em São Paulo: A fintech pediu o registro da oferta na Nasdaq em abril passado (Rogério Cassimiro/Divulgação)

B

Bloomberg

Publicado em 5 de maio de 2021 às 16h23.

Última atualização em 5 de maio de 2021 às 19h39.

O PicPay, fintech de pagamentos de propriedade da família Batista, de bilionários da JBS no Brasil, busca conseguir um valor de mercado de até US$ 8 bilhões em uma oferta pública inicial de ações na Nasdaq, disseram à Bloomberg pessoas familiarizadas com o assunto.

Descubra as melhores oportunidades da bolsa com a ajuda da Exame Invest Pro

A empresa está procurando levantar até US$ 1 bilhão na oferta, que está prevista para acontecer em junho, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque as informações não são públicas. As discussões estão em andamento e não há certeza de que resultarão em uma listagem.

O PicPay informa que o processo de IPO segue o seu curso normal e que detalhes da oferta serão comunicados oficialmente nas próximas semanas.

A fintech pediu o registro da oferta na Nasdaq em abril passado, com o BTG Pactual, Banco Bradesco BBI, Barclays e Santander executando o negócio. A empresa pertence integralmente à família Batista por meio da holding de investimentos J&F Participações.

Os Batista são mais conhecidos por sua empresa gigante de carnes JBS, o maior fornecedor mundial de proteína animal. Eles também estiveram no centro de um escândalo de corrupção que abalou o Brasil em 2017, envolvendo dezenas de políticos, quase derrubando um presidente da República e levando os irmãos Joesley e Wesley Batista à cadeia.

No ano passado, a J&F Investimentos, empresa de propriedade dos irmãos, admitiu ter violado as leis contra corrupção dos EUA, concordando em pagar uma multa de US$ 128 milhões.

No comando do PicPay está um membro mais jovem da família, José Antonio Batista. A empresa foi fundada em 2012, no estado do Espírito Santo, mas foi somente em 2015 que os Batista se tornaram acionistas. A empresa afirma ter mais de 50 milhões de usuários, com mais de R$ 3 bilhões por mês em transações, segundo seu website. O PicPay tinha mais de 1.800 funcionários em dezembro de 2020, um aumento de dez vezes em relação a 2018, de acordo com o prospecto.

Os Batista querem lucrar com o frenesi das fintechs que está varrendo a América Latina. A região é o lar de potências locais como o banco digital Nubank, avaliado em US$ 25 bilhões, e o StoneCo, listada na Nasdaq, que conta com a Berskshire Hathaway entre os sócios e que vale perto de US$ 20 bilhões.

--Com a colaboração de Fabiana Batista e Vinícius Andrade

Esteja sempre informado sobre as notícias que movem o mercado. Assine a EXAME

Acompanhe tudo sobre:IPOsJBSPicPay

Mais de Invest

Ações da GE Aerospace disparam para maior valor em 25 anos após 2º trimestre acima das expectativas

Gigante do setor ferroviário nos EUA, Union Pacific estuda compra de rival, diz jornal

PepsiCo vai reformular Lay's e Tostitos sem corantes e sabores artificiais

Escalada das ações da Oracle pode levar empresa a atingir feito que só 13 empresas conseguiram