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PMI dos EUA e dados da indústria brasileira: o que move os mercados

Investidores acompanham também os desdobramentos da paralisação do governo americano

Fábrica da Biamar, em Farroupilha: o IBGE divulga às 9h dados da produção industrial de agosto (Leandro Fonseca/Exame)

Fábrica da Biamar, em Farroupilha: o IBGE divulga às 9h dados da produção industrial de agosto (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 07h59.

Os mercados iniciam esta sexta-feira, 3, ainda sob os efeitos do shutdown nos Estados Unidos, que mantém paralisada parte da máquina pública e suspendeu a divulgação do payroll, o indicador mais esperado do mês, previsto anteriormente para esta manhã. A ausência dos dados de emprego aumenta as incertezas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed).

O impasse ocorre na volta do feriado judaico de Yom Kippur, quando investidores esperam que os senadores norte-americanos retomem as negociações em Washington e cheguem a um acordo para encerrar o bloqueio orçamentário no governo Trump.

Enquanto isso, a leitura dos índices de atividade (PMIs) ganha ainda mais relevância. Às 10h45, sai o PMI composto final de setembro da S&P Global, seguido, às 11h, pelo PMI de serviços do ISM.

Mais tarde, às 14h, a Baker Hughes publica seu levantamento semanal sobre poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA. O dado chega em meio a especulações de que a Opep+ poderá aumentar a produção em novembro, o que já pressionou os preços do petróleo nesta semana.

No radar hoje

No Brasil, o destaque é a divulgação, às 9h, da produção industrial de agosto pelo IBGE. Os números são monitorados de perto após a aprovação da isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, medida considerada uma vitória política para o presidente Lula.

Na cena internacional, a China e a Coreia do Sul seguem com mercados fechados por feriados, o que reduz a liquidez na Ásia.

No Reino Unido, às 10h20, o presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, discursa em simpósio.

Nos EUA, às 14h40, fala o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, e às 22h05, o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, participa de evento.

Mercados internacionais

Na Ásia, o pregão foi misto nesta sexta-feira. O Japão, o Nikkei 225 subiu 1,93%, com forte alta do conglomerado de tecnologia Hitachi após anunciar parceria com a OpenAI.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,54%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 avançou 0,46% e os mercados da China e da Coreia do Sul permaneceram fechados.

Na Europa, o Stoxx 600 ganhava 0,50% por volta das 7h15, ampliando a sequência de recordes recentes. O FTSE 100 de Londres subia 0,67%, acompanhado pelo CAC 40 (+0,29%) em Paris e pelo DAX (+0,08%) em Frankfurt. Ações de tecnologia e bancos como o austríaco Raiffeisen figuraram entre os destaques.

Em Nova York, os três principais índices voltaram a renovar máximas na véspera, sustentados por ações de tecnologia e especialmente pelo rali da Nvidia, que atingiu novo recorde.

Os futuros de Wall Street mostravam leves altas nesta manhã, refletindo cautela com a continuidade do shutdown. Por volta das 7h15, os futuros do Dow Jones avançavam 0,27%, os do S&P 500 subiam 0,29% e os do Nasdaq 100 ganhavam 0,33%.

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