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Por que analistas seguem otimistas com ações da Petrobras

Papéis da estatal impulsionavam Ibovespa nesta segunda feira; BB Investimentos destaca aumento de produtividade e programa de otimização de custos operacionais


	Plataforma da Petrobras: em balanço trimestral divulgado na sexta-feira, a estatal reportou lucro líquido de 6,201 bilhões de reais
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Plataforma da Petrobras: em balanço trimestral divulgado na sexta-feira, a estatal reportou lucro líquido de 6,201 bilhões de reais (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2013 às 11h57.

São Paulo - As ações da Petrobras abriram a semana com fortes ganhos e sustentavam o bom desempenho do Ibovespa neste primeiro pregão da semana. Na máxima do dia, as ações ordinárias (PETR3) atingiam o valor de 16,65 reais, uma alta de 3,5%, enquanto as preferenciais (PETR4) eram negociadas a 17,61 reais, avançando 3,10%.

A BB Investimentos mantém seu preço-alvo para a Petrobras após a divulgação do resultado da estatal na sexta-feira – o lucro líquido de 6,2 bilhões de reais representa uma queda de 19,4% em relação ao trimestre anterior, enquanto o lucro operacional da empresa subiu 13%.

Em relatório assinado por Carolina Flesch, a BB investimentos listou quatro motivos para manter seu preço-alvo. O primeiro deles é a expectativa de aumento de produtividade no segundo semestre, em decorrência do início do funcionamento de novas plataformas, do aumento da produção nas áreas do pré-sal e dos resultados do programa de aumento da eficiência da Bacia de Campos.

A corretora também destacou a manutenção dos elevados níveis de processamento das refinarias, a continuidade do programa de otimização de custos operacionais e a utilização da contabilidade de hedge, que afetará os dados dos três meses do trimestre a partir do próximo resultado, ante dois meses dessa vez.

Em balanço trimestral divulgado na sexta-feira, a Petrobras reportou lucro líquido de 6,201 bilhões de reais - 24,1% acima das estimativas dos analistas que acompanham a estatal. No dia, foi destacado que o resultado havia sido impulsionado pela adoção da contabilidade de hedge, uma prática contábil que limita o impacto do câmbio sobre as dívidas em dólar. A presidente da estatal atribuiu resultado ao efeito do aumento dos preços de diesel e gasolina ao longo do primeiro trimestre. A estatal realizará nessa manhã a teleconferência sobre o resultado.

A recomendação do BB Investimentos é de “outperform” (desempenho acima da média do mercado). A corretora vê um potencial de valorização de 36% - o preço de mercado em 09 de agosto era de 17,08 reais e a expectativa é que o preço chegue a 23,23 reais no final do ano.


O Goldman Sachs também segue com a recomendação de compra e espera uma reação positiva do mercado para os resultados do segundo trimestre, segundo relatório elaborado pela equipe de análise do banco.

Na opinião da equipe do Goldman Sachs, a estatal continua movimentando-se na direção certa operacionalmente e quanto à disciplina de capital e, além disso, o preço da ação leva em conta uma taxa de câmbio estrutural entre 2,50 e 2,65 (real/dólar) perante a projeção de taxa do banco de 2,40 e a taxa corrente de 2,27 real/dólar. Apesar de acreditar que o impacto dessas inciativas deve se materializar ao longo do ano, a taxa de câmbio pode ser particularmente negativa, segundo o banco.

O Goldman acredita que não há grande possibilidade de os resultados positivos do segundo trimestre se repetirem no terceiro e no quarto, em decorrência das maiores pressões do câmbio nos custos. O relatório do Goldman Sachs lista três riscos-chave para a Petrobras: perdas em produção, desvalorização da moeda e maiores intervenções políticas.

As ações preferenciais da Petrobras registram queda de 7,5% no acumulado de 2013, enquanto o Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, perde 17%.

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