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Por que as bolsas nos Estados Unidos não funcionam no 'Thanksgiving'?

As negociações em Wall Street estão paralisadas nesta quinta-feira e amanhã funcionarão em horário reduzido

 (Tetra Images/Getty Images)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 06h00.

O feriado de Ação de Graças altera de forma significativa o ritmo dos mercados nos Estados Unidos. Esta quinta-feira (27) é feriado nacional e tanto a Bolsa de Nova York (Nyse) quanto a Nasdaq ficam fechadas, retomando as operações na sexta-feira com sessão reduzida até as 15h no horário da Brasília.

Os mercados de títulos seguem o mesmo padrão, fechando na quinta e operando com horário encurtado na Black Friday.

O fechamento ocorre porque o Thanksgiving é feriado federal desde 1870, o que leva também à paralisação de repartições públicas, bancos e serviços postais.

Como os mercados se comportam em semana de Ação de Graças

Historicamente, a semana do Dia de Ação de Graças costuma trazer ganhos modestos. Desde 2000, o Dow Jones subiu em em mais da metade dos anos, com melhores resultados na quarta-feira antes do feriado e na meia sessão da sexta-feira, quando o volume é mais baixo e o humor, mais otimista. O S&P 500 mostra padrão semelhante, com resultados positivos em aproximadamente 60% das vezes entre terça e sexta desde 1928.

A Cyber Monday, porém, costuma decepcionar. Nos últimos 25 anos, o Dow Jones recuou em 63% das ocasiões, com queda média de 0,40%.

Gastos recordes

Neste ano, o desempenho dos mercados depende em parte do humor do consumidor americano. A Adobe Analytics e a National Retail Federation projetam gastos recordes nas festas de fim de ano, com estimativas que variam entre alta de 5,3% sobre 2024 e a possibilidade de que as vendas ultrapassem US$ 1 trilhão pela primeira vez. Esse otimismo tende a favorecer ações do varejo durante a maratona de compras que vai do Dia de Ação de Graças à Cyber Monday.

A volatilidade desta semana, porém, deve seguir contida. Os volumes são baixos e investidores dividem a atenção entre receios de uma possível bolha de inteligência artificial, incertezas sobre o caminho dos juros do Fed e sinais mistos da atividade econômica. Mesmo assim, movimentos modestos agora ajudam a definir o tom para o tradicional rali de Natal, quando ações sobem em cerca de 80% das vezes impulsionadas pelo otimismo de fim de ano e pelo reposicionamento das carteiras.

As bolsas de Nova York registraram três sessões consecutivas de alta nos dias que antecederam o feriado, impulsionadas pelo avanço das ações de tecnologia, especialmente as fabricantes de chips. O Livro Bege do Federal Reserve reforçou nesta quarta-feira (26) as expectativas de alívio nos juros americanos, sustentando o apetite por risco. A probabilidade de um corte de 25 pontos-base em dezembro segue acima de 80%, segundo o CME Group.

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