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Premiê no 'bancão': Rashi Sunak, ex-primeiro ministro britânico, entra no conselho do Goldman Sachs

Além de Rishi Sunak, outras figuras políticas também estampam o elenco do Goldman Sachs numa tendência das empresas de Wall Street de contratar ex-líderes políticos

Rishi Sunak: embora tenha liderado o Partido Conservador à sua maior derrota histórica nas eleições gerais do ano passado, ele mantém seu cargo de deputado pelo distrito de Richmond e Northallerton, no norte da Inglaterra. (Chris J. Ratcliffe/Getty Images)

Rishi Sunak: embora tenha liderado o Partido Conservador à sua maior derrota histórica nas eleições gerais do ano passado, ele mantém seu cargo de deputado pelo distrito de Richmond e Northallerton, no norte da Inglaterra. (Chris J. Ratcliffe/Getty Images)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 8 de julho de 2025 às 12h05.

O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, está retornando ao Goldman Sachs como conselheiro sênior. Isso acontece 20 anos após sua saída do banco, onde trabalhou como analista, e um ano após deixar o cargo de primeiro-ministro, quando comandou o governo britânico de outubro de 2022 a julho de 2024.

Sunak vai colaborar com líderes do banco, com sede em Nova York, para oferecer assessoria a clientes ao redor do mundo, compartilhando suas perspectivas sobre o cenário macroeconômico e geopolítico, afirmou o CEO do Goldman Sachs, David Solomon, nesta terça-feira, 8.

Quem é Rishi Sunak

Embora tenha liderado o Partido Conservador à sua maior derrota histórica nas eleições gerais do ano passado, Sunak mantém seu cargo de deputado pelo distrito de Richmond e Northallerton, no norte da Inglaterra. Durante a campanha eleitoral, ele se comprometeu a permanecer no parlamento por todo o próximo mandato, independentemente do resultado das urnas.

Seu sucessor, Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, tem até meados de 2029 para convocar a próxima eleição geral.

Antes de ingressar na política, Sunak teve uma primeira passagem pelo Goldman Sachs, onde iniciou sua trajetória como estagiário no setor de investment banking, em 2000, e seguiu como analista entre 2001 e 2004. Mais tarde, cofundou uma companhia de investimentos que operava com empresas em diversos mercados internacionais.

Sunak e sua esposa, Akshata Murty, são os mais ricos a ocupar a residência oficial de primeiro-ministro, em Londres. Murty, com uma fortuna superior a US$ 700 milhões, tem grande parte dessa riqueza graças à sua participação na Infosys, a gigante de software fundada por seu pai, de acordo com estimativas do Bloomberg Billionaires Index.

Antes de ser primeiro-ministro, Sunak atuou como chanceler do Tesouro de fevereiro de 2020 a julho de 2022. Anteriormente, foi secretário-chefe do Tesouro e subsecretário de Estado no Ministério da Habitação, Comunidades e Governo Local. Sua carreira política começou em 2015, quando foi eleito deputado.

'Government Sachs'

Além de Rishi Sunak, outras figuras políticas também estampam o elenco do Goldman Sachs. O banco tem em seu currículo nomes como os ex-primeiros-ministros Mark Carney, do Canadá, Mario Draghi, da Itália, e os ex-secretários do Tesouro dos EUA, Henry Paulson e Steve Mnuchin.

A contratação de Sunak reflete a crescente tendência das empresas de Wall Street de contratar ex-líderes políticos. O Citigroup recrutou recentemente Robert Lighthizer, ex-representante comercial do presidente Donald Trump, enquanto Reince Priebus, ex-chefe de gabinete de Trump, recentemente se juntou ao banco de investimentos Centerview Partners.

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