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PRIO pode perder US$ 30 milhões por semana com paralisação em Peregrino

FPSO da companhia foi interditado pela ANP, que aponta falhas críticas nos sistemas de gerenciamento de riscos e segurança operacional do navio-plataforma

 (Prio/Exame)

(Prio/Exame)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 18 de agosto de 2025 às 10h30.

Última atualização em 18 de agosto de 2025 às 11h03.

A PRIO (PRIO3) divulgou fato relevante nesta segunda-feira, 18, anunciando a parada de produção do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, após interdição da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) da FPSO (floating production storage and offloading; em português, unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) Pelegrino.

Ofício emitido pela ANP sobre a FPSO aponta a necessidade de parada preventiva por conta de falhas críticas nos sistemas de gerenciamento de riscos e segurança operacional.

Para o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle de EXAME), a parada do campo é negativa para a PRIO e impacta o fluxo de caixa da companhia, já que o campo responde por 35% da produção de 2025. A casa cita ainda risco adicional de queda nos lucros da companhia.

O campo de Peregrino foi adquirido na sua totalidade pela PRIO em maio deste ano, mas antes disso vinha sendo operado pela norueguesa Equinor. Antes de negociar a aquisição total da área, a PRIO detinha 40% de participação no campo e a Equinor, 60%. Com a interdição da FPSO, o BTG acredita que uma cláusula típica de fusões e aquisições poderá ser ativada. A casa mantém visão positiva sobre a capacidade de operação da PRIO.

A XP vê também como negativa e não esperada a parada de produção do campo. De acordo com análise da casa, há uma perda econômica potencial decorrente da paralisação, devido à extensão da produção afetada, já que quatro plataformas se interligam ao FPSO Pelegrino. Além disso, há preocupação com a duração da paralisação. A XP cita impacto econômico de cerca de US$ 30 milhões para cada semana de produção paralisada.

No fato relevante, a PRIO informa estar trabalhando junto com a Equinor para fazer os ajustes necessários com “celeridade e precisão”. A petrolífera cita ainda no comunicado que os trabalhos levarão de 3 a 6 semanas para serem cumpridos integralmente.

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