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Reservas internacionais do Brasil valem menos que patrimônio de Musk e caixa das Mag7

Recursos em moeda estrangeira, administrados pelo Banco Central, chegaram a US$ 358,6 bilhões; patrimônio de Musk alcançou U$ 500 bilhões

Musk: bilionário detém US$ 500 bilhões em patrimônio (Andrew Harnik / Equipe/Getty Images)

Musk: bilionário detém US$ 500 bilhões em patrimônio (Andrew Harnik / Equipe/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 16 de outubro de 2025 às 13h51.

Última atualização em 16 de outubro de 2025 às 14h33.

O patrimônio de Elon Musk e os caixas das sete magníficas atingiram valores muito maiores que todas as reservas internacionais do Brasil. Na última terça-feira, 14, as reservas do país registravam US$ 358,576 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC), enquanto Musk alcançou um patrimônio de US$ 500 bilhões em outubro deste ano. O valor também é inferior aos caixas somados das Sete Magníficas, o grupo das maiores empresas de tecnologia da Bolsa americana: Alphabet, Microsoft, Amazon, Nvidia, Apple, Meta e Tesla têm ao todo US$ 479 bilhões.

As reservas internacionais são recursos em moeda estrangeiro e servem como uma espécie de proteção financeira do país em momentos de choques externos, como crises cambiais ou interrupções nos fluxos de capitais. Só neste ano, o governo aumentou em 8,75% suas reservas, saindo de US$ 329,73 bilhões, em 31 de dezembro de 2024, para os US$ 358,576 bilhões da última terça-feira, um avanço de US$ 28,846 bilhões.

A gestão dessas reservas é responsabilidade do Banco Central. Elas são compostas principalmente por títulos emitidos por governos estrangeiros, depósitos em moedas como dólar, euro, libra esterlina, iene, dólar canadense e australiano, além de direitos especiais de saque (DES) no Fundo Monetário Internacional (FMI), depósitos no Banco de Compensações Internacionais (BIS), ouro e outros ativos.

Confira os caixas das sete magnífica, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria:

  • Alphabet (US$ 95,1 bilhões)
  • Microsoft (US$ 94,6 bilhões)
  • Amazon (US$ 93,2 bilhões)
  • Nvidia (US$ 56,8 bilhões)
  • Apple (US$ 55,4 bilhões)
  • Meta (US$ 47,1 bilhões)
  • Tesla (U$ 36,8 bilhões).

Por ser uma holding, a reserva de caixa da a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, alcança um valor de US$ 344 bilhões — próxima das reservas internacionais do Brasil. Já a fortuna do oráculo de Omaha soma US$ 160 bilhões.

Sob a ótica de valor de marca, a Apple valia US$ 488,9 bilhões em outubro de 2024, de acordo com Interbrand Best Global Brands 2024, acima também das reservas internacionais. Apesar de não ultrapassar, outras marcas também se aproximam: Microsoft (US$ 352,5 bilhões), Amazon (US$ 298,1 bilhões) e Google (US$ 291,3 bilhões).

Patrimônio bilionário de Musk

Elon Musk tornou-se a primeira pessoa da história a alcançar uma fortuna de US$ 500 bilhões (cerca de R$ 2,66 trilhões), segundo a Forbes, no dia 2 de outubro. O marco foi impulsionado pela valorização de quase 4% das ações da Tesla, que acrescentou US$ 9,3 bilhões ao patrimônio do bilionário.

Desde que deixou o Departamento de Eficiência Governamental do governo Trump em abril para se dedicar integralmente à montadora, os papéis da empresa praticamente dobraram, elevando o valor de sua participação de 12% para US$ 191 bilhões.

A fortuna de Musk também inclui participações em outras companhias. Ele detém 42% da SpaceX, avaliada em US$ 400 bilhões, o que representa US$ 168 bilhões. Além disso, possui 53% da xAI Holdings — criada a partir da fusão entre sua startup de inteligência artificial e a rede social X —, participação estimada em US$ 60 bilhões.

A Forbes ainda considera com desconto as opções de ações da Tesla, avaliadas em US$ 133 bilhões, que estão sob disputa judicial em Delaware.

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