O Safra elevou a recomendação para as ações preferenciais do Bradesco (BBDC4) de neutro para compra — e escolheu o banco como preferido do setor.
O movimento acompanha o de outras casas de análise. Recentemente, o Bank of America e o Itaú BBA também elevaram a recomendação de compra para a instituição financeira, refletindo a melhora nos resultados tanto no segmento bancário como na área de seguros.
Em relatório divulgado nesta quarta-feira, 25, analistas do Safra estabeleceram preço-alvo de R$ 21 para a ação do Bradesco, com potencial de valorização de 26,2% em relação ao fechamento de ontem. Para os analistas, a recuperação da lucratividade do banco acelerou, “apoiando uma postura mais construtiva”. Não à toa, o Bradesco também conquistou o posto de top pick do Safra no setor.
No geral, o Safra acredita que a qualidade dos ativos dos bancos pode ser afetada pela desaceleração da economia, mas o escoamento de safras de empréstimos mais antigos pode ajudar a melhorar a situação. Os analistas destacam que isso deve trazer alívio, principalmente para bancos que já foram mais impactados no passado, como o Bradesco.
A avaliação do Safra sobre o Banco do Brasil (BBAS3), por outro lado, piorou, assim como a de outras casas de análise, na esteira da perspectiva negativa para o crédito rural. O Safra reiterou a recomendação neutra para BBAS3 e preço-alvo de R$ 25, 16,6% acima do último fechamento.
O Santander (SANB11) também permanece com posição neutra na avaliação do Safra, com preço-alvo de R$ 35, 18,04% acima do último fechamento. Os analistas reconhecem o esforço do banco para melhorar o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), mas observam a desaceleração na carteira de crédito de varejo, impulsionada por um crescimento mais suave em empréstimos automotivos e consignados e uma maior inadimplência. Apesar disso, consideram positiva a resposta rápida do banco aos sinais de deterioração na qualidade dos ativos.
Já o Itaú (ITUB4) continua a ser a empresa com maior capacidade para ultrapassar ambientes macroeconômicos mais difíceis, segundo o Safra, que manteve a recomendação de compra para a instituição.