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Seara e Pilgrim's voam e lucro líquido da JBS (JBSS3) cresce 78% no 1º tri

Companhia registrou resultado de R$ 2,9 bilhões, acima do consenso; receita cresceu 28% no período

Seara: margem cresceu mais de oito pontos percentuais (JBS/Divulgação)

Seara: margem cresceu mais de oito pontos percentuais (JBS/Divulgação)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 13 de maio de 2025 às 18h43.

Última atualização em 13 de maio de 2025 às 18h48.

A JBS (JBSS3) anunciou seu desempenho financeiro do primeiro trimestre de 2025, com resultados expressivos. O lucro líquido atingiu R$ 2,9 bilhões, uma alta de 77,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024, superando as projeções dos analistas compiladas pela Bloomberg, que indicavam R$ 2,67 bilhões.

A receita líquida da JBS foi de R$ 114,1 bilhões, representando um crescimento de 28% comparado ao primeiro trimestre de 2024. Esse valor também superou as expectativas do mercado, que aguardava R$ 107,372 bilhões.

Aproximadamente 76% das vendas globais da empresa ocorreram nos mercados domésticos, enquanto 24% foram realizadas por meio de exportações.

O EBITDA ajustado somou R$ 8,9 bilhões, um aumento de 38,9% sobre o ano anterior. A margem EBITDA ficou em 7,8%, com um avanço de 0,6 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2024.

Os resultados refletem a eficaz estratégia de diversificação em proteínas e geografias, que permitiu à JBS alcançar resultados positivos, mesmo em um cenário desafiador para o setor de carne bovina nos Estados Unidos.

A empresa classificou esse desempenho como um dos melhores primeiros trimestres de sua história, destacando o desempenho excepcional de suas operações no Brasil e nos Estados Unidos. A Seara, no Brasil, e a Pilgrim’s Pride, nos Estados Unidos, registraram suas melhores margens EBITDA da história para o período, com 19,8% (+8,2 pontos percentuais) e 14,8% (3,3 pontos percentuais), respectivamente.

Além disso, a JBS destacou sua excelência operacional, gestão estratégica do mix de produtos, e inovações como a parceria com a Netflix para o lançamento de snacks, que impulsionaram a demanda global.

A JBS também obteve uma redução da dívida líquida no primeiro trimestre de 2025, com um decréscimo de US$ 1,1 bilhão na comparação anual, totalizando US$ 14,8 bilhões em dívida líquida.

A alavancagem da companhia caiu para 1,99x, significativamente abaixo dos 3,66x registrados no mesmo período de 2024, evidenciando a sólida gestão financeira da empresa.

Dividendos aprovados

Em abril, os acionistas da JBS aprovaram o pagamento de dividendos no montante de R$ 4,4 bilhões (US$ 789 milhões), o que equivale a R$ 2 por ação (US$ 0,36), com pagamento previsto para 14 de maio de 2025.

Caso a operação de dupla listagem seja aprovada pelos acionistas minoritários, um novo pagamento de R$ 2,2 bilhões (US$ 394 milhões) será feito, no valor de R$ 1 por ação (US$ 0,17).

A assembleia extraordinária para aprovar a dupla listagem das ações da JBS, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, está marcada para o dia 23 de maio de 2025. A expectativa da companhia é de que a dupla listagem aumente sua visibilidade internacional, atraindo novos investidores e fortalecendo sua posição no setor global de alimentos.

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