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Secretário diz que Brasil deve fazer nova emissão de títulos

Segundo Arno Augustin, a emissão deve ser feita ainda este ano

O secretário, porém, disse que ainda não há data prevista ou moeda definida para mais um lançamento de papéis no exterior em 2011 (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)

O secretário, porém, disse que ainda não há data prevista ou moeda definida para mais um lançamento de papéis no exterior em 2011 (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 15h06.

Brasília - O secretário do Tesouro, Arno Augustin, disse hoje (19) que o governo brasileiro estuda uma nova emissão de títulos no exterior ainda este ano, provavelmente em dólares, mesmo com o cenário internacional incerto. “Estamos em um momento de turbulência internacional forte. Mas, mesmo assim, dados os fundamentos do Brasil, nós podemos sim, e é muito provável que a gente faça ainda este ano emissão do Tesouro”, disse.

Arno disse ainda que não há data prevista ou moeda definida para mais um lançamento de papéis no exterior em 2011. O secretário lembrou que as emissões do Tesouro são qualitativas e têm como objetivo estabelecer, neste momento, parâmetros de taxas para títulos do governo e de empresas no mercado internacional.

Arno Augustin participou de uma reunião fechada com deputados da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara para apresentar os números do Governo Central.

O secretário voltou a mostrar grande preocupação com a crise. Segundo ele, o governo brasileiro vem alertando há bastante tempo sobre as dificuldades internacionais. “Temos tido uma avaliação de grande preocupação. Infelizmente, o cenário internacional não é bom. Eu penso que os fatos vêm corroborando essa visão de preocupação com a economia internacional no próximo período”, avaliou.

A preocupação do governo brasileiro é com a demora na solução da crise na zona do euro e com os efeitos da crise no mercado chinês. Arno destacou que em uma economia integrada com o mundo, como a do Brasil, qualquer redução no crescimento tem reflexos internamente. “A nossa condição de uma economia integrada ao mundo faz com que, quando o mundo cresce menos, isso traga dificuldades para os nosso crescimento.”

Para ele, é preciso estar atento e tomar medidas para enfrentar a situação e melhorar o cenário doméstico. “Os fundamentos do Brasil felizmente estão muito bons e estamos em condições de enfrentar essas crises. Vamos procurar [fazer] com que isso seja menos danoso para a economia.”

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