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Tarifas comerciais podem anular estímulos fiscais e frear economia americana, diz Goldman Sachs

Especialistas do Goldman Sachs indicam que os efeitos das tarifas comerciais vão superar os benefícios do pacote fiscal republicano, limitando o crescimento dos EUA

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 20 de maio de 2025 às 06h20.

Última atualização em 20 de maio de 2025 às 06h21.

O Congresso dos Estados Unidos está analisando um grande pacote fiscal republicano, chamado de “big, beautiful bill”.

O objetivo é incentivar a economia com cortes de impostos e aumento dos gastos públicos. O cenário econômico enfrenta um grande desafio: as tarifas comerciais do conflito entre os EUA e a China.

Um relatório recente do Goldman Sachs (GS) mostra que as tarifas terão um impacto negativo maior que os benefícios das medidas fiscais. Isso pode prejudicar o crescimento do país. Jan Hatzius e sua equipe disseram que os efeitos das tarifas comerciais vão superar o estímulo do pacote fiscal.

Depois da eleição de Donald Trump em novembro, os investidores pensaram que suas políticas de desregulamentação e cortes de impostos ajudariam a economia e os mercados financeiros. Essas expectativas mudaram logo com a alta das tarifas. Elas começaram a dominar a conversa sobre a economia.

Nos últimos meses, negociações comerciais suavizaram algumas tarifas aplicadas em abril, enquanto o Congresso avançou com um projeto orçamentário que inclui incentivos fiscais. Isso alimentou a esperança de que a economia americana possa recuperar o ritmo, com efeitos positivos para o mercado de ações.

O Goldman Sachs avisa que o custo das tarifas pode superar os ganhos fiscais. Isso pode limitar o crescimento. O banco também nota que mudanças nas regras de impostos estaduais e locais, ou cortes de gastos federais, podem alterar essa situação. No entanto, essas mudanças ainda são incertas.

Na atualização de 12 de maio, Hatzius aumentou a previsão de crescimento dos EUA em 2025 para 1%. Isso aconteceu após uma breve diminuição das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Ainda assim, o cenário ainda tem riscos por conta da instabilidade nas negociações.

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