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Tarifas de Trump, Zelensky em Washington e inflação nos EUA: o que move o mercado

O presidente americano confirmou que as tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá entram em vigor em 4 de março

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 07h54.

Os mercados nesta sexta-feira, 28, aguardam a divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), às 10h30.

De acordo com o canal CNBC, a expectativa de economistas consultados pelo Dow Jones é de um avanço de 0,3% da inflação em janeiro, acumulando 2,5% em 12 meses. Já o núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, deve subir 2,6% no acumulado do ano.

Os investidores também estão atentos aos novos desdobramentos da guerra tarifária do presidente Donald Trump. Na última quinta-feira, 27, o presidente americano confirmou que as tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá entram em vigor a partir do dia 4 de março.

Além disso, Trump dobrou para 20% as tarifas sobre produtos chineses a partir de 4 de março. A China anunciou nesta sexta-feira, 28, que tomará "todas as contramedidas necessárias" para "defender seus direitos e interesses legítimos" após a decisão dos Estados Unidos.

Os países europeus, ameaçados pelas tarifas recíprocas de Trump, previstas para o começo de abril, também prometem retaliar.

Na agenda política internacional, o destaque é a visita do líder ucraniano Volodymyr Zelensky a Washington, nos EUA. Na véspera do encontro, representantes americanos e russos se reuniram em Istambul, na Turquia, para discutir a normalização das relações diplomáticas entre os países.

Na China, às 22h30, saem os dados do PMI industrial e de serviços de fevereiro.

No Brasil, a agenda é fraca. Vale acompanhar a movimentação nas ações da Petrobras, que perdeu mais de R$ 24 bilhões em valor de mercado na última quinta-feira, 27, após divulgar um prejuízo de R$ 17 bilhões no quarto trimestre do ano passado.

Mercados globais

As bolsas asiáticas fecharam em queda nesta sexta-feira, 28, após as novas promessas tarifárias de Trump. O índice S&P/ASX 200 da Austrália caiu 1,16%, enquanto o Nikkei 225 do Japão perdeu 2,88% e o Topix registrou queda de 1,98%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 3,39% e o Kosdaq caiu 3,49%. Hong Kong teve uma queda de 3,55% no Hang Seng Index, e o CSI 300 da China continental perdeu 1,97%.

Na Europa, as bolsas abriram em território negativo. O índice europeu Stoxx 600 registrou queda de 0,39% às 10h15 do horário de Londres. O CAC 40 da França e o DAX da Alemanha tiveram quedas de cerca de 0,4%, enquanto o FTSE 100 de Londres subiu 0,2%.

Já nos Estados Unidos, os contratos futuros das ações apresentam variações pequenas nesta manhã. Os futuros do Dow Jones Industrial Average caíram 18 pontos, menos de 0,1%, enquanto os futuros do S&P 500 subiram 0,04% e os do Nasdaq 100 avançaram 0,07%.

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