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Tarifas sobre o aço, PMI industrial e Boletim Focus: o que move o mercado

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem reunião com a Febraban e bancos e participa de debate em São Paulo

Publicado em 2 de junho de 2025 às 07h44.

Os mercados globais começam a semana sob forte influência da decisão do governo Trump, anunciada após o fechamento das bolsas na sexta-feira, 30, de dobrar as tarifas sobre aço e alumínio de 25% para 50%, com vigência a partir desta quarta-feira, 4.

No Brasil, o cenário permanece pressionado pela revisão da perspectiva do rating soberano da Moody’s para negativa. A mudança praticamente elimina as chances do país recuperar o status de investment grade em curto prazo. O ambiente fiscal segue turbulento diante da crise do IOF e do confronto entre governo e Congresso Nacional, fatores que devem pesar hoje sobre a bolsa e o câmbio.

Na agenda de indicadores, a manhã começou com a divulgação de que os PMIs industriais da zona do euro e do Reino Unido indicam desaceleração na contração em maio. Na zona do euro, o PMI subiu para 49,4, refletindo maior produção e exportações, apesar de ainda estar abaixo de 50, enquanto o Reino Unido registrou 46,4, mostrando melhora, mas com emprego e demanda ainda em queda. A Alemanha segue em contração, mas com produção em alta pelo terceiro mês consecutivo.

No Brasil, a FGV divulga o IPC-S de maio às 08h, enquanto o Banco Central publica a Pesquisa Focus às 08h25. O Instituto ISM também publicará o PMI industrial americano às 11h. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem reunião com a Febraban e bancos às 15h30, e participa de debate em São Paulo às 18h30.

Entre os eventos internacionais, estão previstos discursos de membros do Federal Reserve, com Lorie Logan às 11h15, Austan Goolsbee às 13h45, e Jerome Powell às 14h. Na zona do euro, Christine Lagarde participa por vídeo de um evento às 13h30.

Mercados internacionais

As bolsas internacionais abriram a semana pressionadas pela decisão de Trump de dobrar as tarifas sobre o aço a partir de quarta-feira, 4 de junho. A medida pesou sobre as bolsas asiáticas, que fecharam em queda.

No Japão, o índice Nikkei 225 recuou 1,30%, apesar de um leve sinal de recuperação na indústria com a melhora do PMI. Na Coreia do Sul, o Kospi ficou estável, enquanto o Kosdaq avançou 0,81% em meio à expectativa pelas eleições presidenciais. Hong Kong teve queda de 1,2%.

Na Europa, as bolsas operam em queda na manhã desta segunda-feira. O índice Stoxx 600 recuava 0,42% por volta das 7h05, com destaque para o CAC 40 (França), que caía 0,69%, e o DAX (Alemanha), em baixa de 0,64%. O FTSE 100 (Reino Unido) recuava 0,06%, sustentado por ações de petróleo e gás, que se beneficiam da alta nas cotações da commodity. Papéis do setor automotivo caíam 1,4% com receio de novas tarifas, e ações de tecnologia também operavam no vermelho.

Nos Estados Unidos, os índices futuros apontam para uma abertura negativa após os fortes ganhos de maio. Às 7h05, os futuros do S&P 500 caíam 0,63%, os do Nasdaq-100 recuavam 0,75% e os do Dow Jones perdiam 0,55%.

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