Mercados

Taxas curtas de juros ficam estáveis com inflação

Já as taxas de longo prazo recuam, acompanhando o yield dos Treasuries nos EUA


	Bovespa: já as taxas de longo prazo recuam, acompanhando o yield (retorno ao investidor) dos Treasuries nos Estados Unidos
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: já as taxas de longo prazo recuam, acompanhando o yield (retorno ao investidor) dos Treasuries nos Estados Unidos (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 10h52.

São Paulo - Uma nova piora inflacionária sustenta os juros futuros de curto prazo perto da estabilidade na manhã desta segunda-feira, 7. Já as taxas de longo prazo recuam, acompanhando o yield (retorno ao investidor) dos Treasuries nos Estados Unidos.

Interna e externamente, os investidores aguardam sinais quanto à condução da política monetária, que podem estar contidos em documentos a serem divulgados nesta semana.

Às 9h55, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro 2015 apontava 11,06%, na máxima, igual ao ajuste de sexta-feira. A inflação pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu a 1,48% em março, de 0,85% em fevereiro, o que representa a maior elevação mensal desde julho de 2012 (+1,52%) e o maior patamar para o mês desde 2003 (+1,66%).

A pesquisa Focus do Banco Central, por sua vez, mostrou nova piora nas expectativas. A mediana das projeções para o IPCA em 2014 subiu de 6,30% para 6,35%.

O DI para janeiro de 2017, na parcela longa da curva a termo, indicava 12,30%, de 12,35% no ajuste anterior. O movimento está em linha com o apresentado pelo juro da T-note de dez anos, depois que o relatório oficial do mercado de trabalho nos EUA mostrou na sexta-feira a criação de 192 mil vagas no mês passado, menos do que os 200 mil previstos por analistas.

A taxa do papel oscilava ao redor de 2,725% perto das 10 horas, de 2,80% antes do dado de emprego (payroll).

A ata da última reunião do Federal Reserve e eventuais sinais quanto aos próximos passos da autoridade no processo de redução de estímulos monetários à economia norte-americana será conhecida nesta quarta-feira. No mercado doméstico, vale destacar que a liquidez nos juros futuros está bastante baixa hoje, também no aguardo da ata do Copom, prevista para quinta-feira.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresAçõesInflaçãoJuros

Mais de Mercados

Por que está mais difícil de prever crises nos Estados Unidos

Por que empresas de robotáxi chinesas não foram bem recebidas na bolsa

Tesla segue roteiro da Berkshire. Mas Elon Musk pode ser novo Buffett?

Pfizer vence disputa com Novo Nordisk e compra a Metsera por US$ 10 bi