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Tesla (TSLA) reporta a maior queda nas receitas trimestrais em mais de uma década

Montadora de carros elétricos reportou seus resultados do segundo trimestre de 2025 nesta quarta-feira, 23

Tesla: montadora reporta receitas menores do que o esperado pelo mercado (Jeremy Moeller/Getty Images)

Tesla: montadora reporta receitas menores do que o esperado pelo mercado (Jeremy Moeller/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 23 de julho de 2025 às 17h45.

Última atualização em 23 de julho de 2025 às 17h50.

Assim como esperado pelo mercado, a Tesla (TSLA) reportou queda nas receitas no segundo trimestre de 2025 para R$ 22,49 bilhões, um recuo de 12% ano contra ano, e abaixo das expectativas do mercado – o que configura a maior queda trimestral nas receitas em mais de uma década. O consenso LSEG previa uma queda de 11% para US$ 22,74 bilhões.

A companhia registrou uma diminuição na receita trimestral pelo segundo trimestre seguido, mesmo após o lançamento da versão atualizada e amplamente esperada do seu SUV mais vendido, o Modelo Y, que os investidores acreditavam que impulsionaria a demanda novamente.

A Tesla explicou que a redução de 12% na receita foi causada pela diminuição nas entregas de veículos e pela menor receita obtida com a venda de créditos regulatórios automotivos. A companhia afirmou que continua planejando o lançamento de um modelo mais acessível no segundo semestre deste ano, destacando que as "primeiras unidades" desse novo modelo foram produzidas em junho.

O lucro líquido da companhia ficou em US$ 1,17 bilhão, uma queda de 16% ano contra ano. O lucro por ação ajustado também veio abaixo das expectativas, em US$ 0,40 ante US$ 0,52 o ano anterior – um recuo de 23% – e ante a projeção do LSEG de US$ 0,43.

A queda dos lucros já era esperada pelo mercado e reflete um avanço da concorrência e a escassez de novos modelos. No ano, as ações da Tesla acumulam queda de 17%, contra a alta de 8% da Nasdaq. Investidores também acompanham a entrada de Elon Musk no universo político.

A produção total da Tesla se manteve estável na comparação anual, em 410,24 mil veículos. As entregas, por sua vez, recuaram 13% para 384,12 mil. As despesas operacionais recuaram levemente 1% para US$ 2,95 bilhões.

No comunicado, a Tesla afirmou que, apesar de um ambiente macroeconômico persistentemente incerto — resultante de mudanças tarifárias, impactos indefinidos de alterações na política fiscal e de instabilidades no sentimento político — segue realizando investimentos de alto valor em CapEx e P&D.

Uma parcela significativa da avaliação trilionária da empresa está vinculada à sua aposta no serviço de robotaxi — cujo teste inicial começou no mês passado em Austin, Texas — e no avanço no desenvolvimento de robôs humanoides.

“Nossos esforços para refinar a oferta Robotaxi em Austin não são específicos daquela localidade e nos permitirão escalar rapidamente para outras cidades com investimento marginal. Realizamos a primeira entrega autônoma do mundo para um cliente, com um novo Model Y de produção dirigindo sozinho por cerca de 30 minutos da fábrica até a casa do proprietário, incluindo trechos em rodovias”, disse em nota.

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