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Tesla decide nesta quinta sobre bônus de R$ 5 trilhões para Elon Musk

Pacote pode ampliar participação de Musk para 25% da Tesla, caso metas de Ebitda e expansão em robótica sejam alcançadas

Elon Musk: maior acionista da Tesla, ele controla cerca de 500 milhões de ações, o equivalente a 15% da companhia (Beata Zawrzel/Getty Images)

Elon Musk: maior acionista da Tesla, ele controla cerca de 500 milhões de ações, o equivalente a 15% da companhia (Beata Zawrzel/Getty Images)

Publicado em 6 de novembro de 2025 às 12h06.

A Tesla deve anunciar nesta quinta-feira, 6, o resultado da votação dos acionistas sobre o novo pacote de remuneração de Elon Musk, avaliado em cerca de US$ 1 trilhão (R$ 5,3 trilhões) em ações.

O plano, se aprovado, pode elevar a participação do bilionário para 25% da companhia e garantir a ele novos lotes de ações ao longo da próxima década. Hoje, com 500 milhões de ações e 15% de participação, ele é o maior acionista da empresa.

De acordo com o jornal Wall Street Journal, o bônus é dividido em 12 blocos de ações que só serão liberados conforme a Tesla atingir metas específicas de valor de mercado e desempenho operacional.

As metas de capitalização começam em US$ 2 trilhões e podem chegar a US$ 8,5 trilhões — mais de cinco vezes o valor atual da empresa, estimado em cerca de US$ 1,5 trilhão.

No campo operacional, quatro objetivos estão ligados à expansão de produtos, incluindo o avanço dos robotáxis e dos robôs humanoides Optimus, enquanto outros oito dependem do crescimento do (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) Ebitda ajustado.

Para liberar a primeira parte do prêmio, a Tesla precisaria atingir um Ebitda ajustado de US$ 50 bilhões em 12 meses, segundo o WSJ. Para destravar o bônus completo, a empresa teria de sustentar US$ 400 bilhões anuais. No último ano, a Tesla teve um Ebitda ajustado de US$ 16 bilhões.

Divisão entre acionistas

A votação ocorre em meio a uma divisão entre grandes investidores da montadora. O fundo soberano da Noruega, administrado pelo Norges Bank Investment Management e avaliado em US$ 2 trilhões, anunciou que votaria contra o plano.

O investidor e ativista James McRitchie, acionista da Tesla, também se manifestou contra, alegando preocupações com a lucratividade e a demanda pelos carros da marca, especialmente após o fim de incentivos fiscais nos Estados Unidos.

Do outro lado, grandes apoiadores se mobilizaram a favor de Musk. O gestor Ron Baron, da Baron Capital, declarou em publicação na rede X (antigo Twitter) que apoia a proposta.

A presidente do conselho de administração da empresa, Robyn Denholm, reforçou que o pacote é necessário para manter Musk à frente da companhia.

O resultado oficial deve ser divulgado após a assembleia anual da empresa em Austin, no Texas.

Com fortuna estimada em US$ 473 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index, Elon Musk segue como o homem mais rico do mundo.

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