Acionista controlador da Mobly acerta combinação de negócios com empresa austríaca (Caue Diniz/B3/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 3 de março de 2025 às 09h17.
Última atualização em 3 de março de 2025 às 11h31.
A Mobly confirmou neste domingo, 2, o recebimento de uma carta de intenções dos investidores da Tok&Stok: Régis Edouard Alain Dubrule, Ghislaine Thérèse de Vaulx Dubrule e Paul Jean Marie Dubrule, manifestando interesse em apresentar uma oferta pública de aquisição (OPA) das ações da companhia.
A proposta envolve a compra de todas as 122.763.403 ações da Mobly, a um preço de R$ 0,68 por ação – um valor 51% inferior ao preço de fechamento da última sexta-feira, 28. A transação totalizaria R$ 83,5 milhões.
Os proponentes alegam que há um alinhamento estratégico que justifica a oferta e ressaltam sua experiência no setor. Além disso, pedem que a Mobly tome providências antes da publicação oficial da proposta.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Mobly informou que manterá o mercado atualizado sobre eventuais desdobramentos da oferta.
Em novembro do ano passado, a Mobly finalizou a compra de 61,11% da Tok&Stok, consolidando-se como controladora da marca — a transação inclui debêntures conversíveis e aumento de capital, projetando ganhos anuais entre R$ 80 milhões e R$ 135 milhões.
A aquisição envolve uma relação de troca de 88% para Mobly e 12% para a SPX, que terá um bônus de subscrição de R$ 9 por ação, exercível após dois anos e válido por três anos — após a conversão, haverá um período de lock-up de 24 meses.
A Mobly reestruturou R$ 399 milhões em dívidas da Tok&Stok, estabelecendo um plano de recuperação extrajudicial — os pagamentos foram postergados para 2026, com quitação escalonada até 2034.
Os credores poderão converter a dívida em ações da Mobly até 2029, pelo maior valor entre R$ 9 por ação ajustado a CDI+2% ao ano e o preço de mercado. A SPX também converteu R$ 122 milhões em debêntures, com possibilidade de conversão em ações até 2035.