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Toyota defende novo corte de tarifas após acordo entre Japão e EUA

Montadora japonesa elogia pacto anunciado por Trump, mas diz que é preciso avançar em favor de um comércio mais aberto no setor automotivo

Toyota: montadora japonesa defende comércio mais aberto entre Japão e Estados Unidos (Kiyoshi Ota/Bloomberg /Getty Images)

Toyota: montadora japonesa defende comércio mais aberto entre Japão e Estados Unidos (Kiyoshi Ota/Bloomberg /Getty Images)

Publicado em 24 de julho de 2025 às 08h10.

A montadora japonesa Toyota afirmou nesta quinta-feira, 24, que espera uma melhora contínua nas relações comerciais entre Japão e Estados Unidos, e defendeu novos cortes tarifários sobre veículos e peças automotivas.

A manifestação vem um dia após o presidente Donald Trump anunciar um acordo comercial com o país asiático, reduzindo tarifas de importação de 25% para 15%.

De acordo com informações da agência Bloomberg, a montadora elogiou os negociadores de ambos os lados e declarou que valoriza a inclusão do setor automotivo no pacto.

A Toyota teve forte valorização na bolsa após o anúncio do acordo. Na quarta-feira, 23, as ações fecharam com alta de 14,3% na Bolsa de Tóquio e chegaram a subir até 16,4% durante o pregão, registrando a maior valorização intradiária percentual desde 1987.

Nesta quinta-feira, 24, os papéis recuaram 0,35%, encerrando a ¥2.844,50. No ano, acumulam queda de 9,6%.

Impacto no setor

A empresa vinha se preparando para um impacto de até ¥180 bilhões (cerca de R$ 6,62 bilhões) com as tarifas mais altas.

Com a nova alíquota, o impacto bruto para a indústria foi revisto para ¥1,9 trilhão (R$ 71,2 bilhões), segundo estimativa do Goldman Sachs Japan — uma queda em relação à projeção anterior de ¥3,5 trilhões (R$ 131,2 bilhões).

O setor automotivo é um pilar estratégico da economia japonesa: responde por cerca de um terço das exportações do país para os EUA, gera aproximadamente 10% do PIB nacional e é visto como um termômetro para tendências salariais.

O principal negociador comercial do Japão, o ministro da Revitalização Econômica, Ryosei Akazawa, classifica as tarifas americanas sobre automóveis como “inaceitáveis”. Ele destacou que o setor automotivo japonês já contribuiu com mais de US$ 60 bilhões em investimentos e 2,3 milhões de empregos nos Estados Unidos.

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